O mundo atual já não é mais o mesmo. Hoje, os concorrentes não estão mais do outro lado da rua; estão do outro lado do mundo. Nenhum país conseguirá ser desenvolvido sozinho. Os governos do mundo precisam entender isto. Hoje, não há mais espaço para o socialismo 100%, nem para o capitalismo 100%.

O Japão tem o tamanho do RS e seu PIB ( produto interno bruto ) é 3 vezes maior que o de todo o Brasil. Aniquilado na Segunda Guerra Mundial ( que terminou em 1945 ), abriu-se para o mundo e definiu, na década de 50, que seus produtos deveriam ter qualidade mundial e que suas empresas deveriam focar a exportação. Não foi produzindo produtos primários que o Japão se tornou o terceiro maior país do mundo. A China, maior que o Brasil em área, só conseguiu ser o segundo maior país do mundo quando abriu suas fronteiras para o mundo e o governo entendeu que se não existissem empresas o povo não teria futuro. Para ter empresas, precisaram abrir o país, mesmo sendo um país socialista. Os EUA é o país mais rico do mundo em termos de PIB, 8 vezes maior que o Brasil. Esses países, assim como muitos outros, já definiram claramente que o melhor caminho para a população é abrir seus mercados para o mundo, competir internacionalmente e com eficiência no controle dos gastos públicos.

Por que não avançamos como gostaríamos?

Porque aqui no Brasil ainda se discute o modelo econômico. É melhor olhar só para o Brasil ou é melhor olhar para o mundo? O governo deve intervir em tudo ou só na educação, saúde e segurança? É melhor dar o peixe ou ensinar a pescar? É melhor fazer parceria com os países desenvolvidos ou com Cuba, Venezuela, China e Argentina? É melhor reduzir o protecionismo ou aumentar as alíquotas dos impostos de importação?

Na minha opinião, o modelo que o Brasil está adotando nos últimos mais distributivo do que competitivo, com uma visão míope interna melhor do que uma visão maior do mundo, um modelo de desindustrialização melhor do que industrialização, de expansão dos gastos públicos melhor do que a eficiência pública, do aumento de impostos melhor do que a redução do tamanho do estado na economia, das parcerias com Venezuela, Argentina e Cuba melhor do que Estados Unidos, Japão, Europa, este modelo está errado. Já venho falando isto há muito tempo.

O mundo atual é do conhecimento. Isto leva à inovação. Por aqui, a educação nunca foi prioridade. Com baixa educação, falta inovação, falta tecnologia, falta futuro melhor.

Aos Presidentes deste país deveria recair o papel de serem líderes da população, deveriam apontar caminhos e dizer claramente para onde este país deveria ir, além de serem bons gestores. Enquanto temos mais de 40 partidos políticos, enquanto poucos políticos olham para mais que o dia de hoje, enquanto andarmos no mundo sem uma voz ativa como país, enquanto ficarmos aumentando os protecionismos, enquanto nos vangloriarmos de não ensinar a pescar, enquanto a nossa grande pauta de exportação for de produtos primários ( soja e minério de ferro, principalmente ), enquanto o governo interferir tanto na vida da população, enquanto os impostos não baixarem razoavelmente e os gastos públicos não forem contidos e melhor administrados, o futuro do Brasil não será dos melhores.

O meu modelo econômico ideal seria um modelo Competitivo-Educacional-Redução do Estado-Global.

Sem isso, oremos ( e debatamos mais com a sociedade e governos para novas soluções ).

Pense nisso e sucesso.