A vida de todos nós está pautada na tomada de decisões. Vivemos sempre tomando-as, das mais simples as mais complicadas. Levantar de manhã, fazer isto ou aquilo, aceitar ou não aceitar, lutar por melhores dias ou deixar a vida passar.
Acredito que não há surpresas. O que acontece hoje é fruto de alguma decisão que foi tomada no passado. Certa ou errada, a verdade que as decisões sempre refletem em alguma coisa no futuro.
O Brasil de hoje é fruto das decisões tomadas no passado, muito lá atrás ou de ontem.
O país optou, nos últimos anos, por olhar para o umbigo, esquecendo-se do mundo. O Brasil hoje não aparece mais no cenário internacional. E isto foi por opção, engana-se quem pensa o contrário.
O Brasil apagou de cena a ALCA ( área de livre comércio das Américas ). Nosso país fez de tudo para não participar, como parceiro de peso, do MAIOR MERCADO DO MUNDO, os Estados Unidos. Este país, sozinho, representa 25% de todo o consumo mundial. Eu escrevi neste espaço há 3 anos atrás que enganavam-se os que diziam que os EE. UU. estavam comprometidos e em crise e que eles não iriam se recuperar tão cedo. Só pode dizer isto que não conhece nada daquele país. Bem, o Brasil não quis a ALCA. Quem estava no governo era o PT.
Ao contrário, o país quis se aproximar da China.
O Brasil apostou todas as fichas no Mercosul e sempre ficou refém dos parceiros aqui do Sul, principalmente da Argentina. O governo não era do PT. A Argentina tomou diversas medidas protecionistas contra nossos interesses nos últimos anos e ninguém, do governo federal, fez nada. Nadinha. Móveis quase nem exportamos mais para este país.
Para piorar as coisas, empurramos goela abaixo dos outros parceiros a Venezuela, ou seja, obrigamos nossos colegas do Mercosul a aceitar a Venezuela. Agora temos a Argentina e a Venezuela impondo certas condições e ninguém faz nada. A Argentina vai implodir e a Venezuela também.
O governo brasileiro, por decisão de cima, optou por isto.
Fechamos o país para o mundo. Isto vai ter reflexos negativos no futuro. O problema é que ninguém vai se lembrar das decisões de hoje lá no futuro, daqui a 5, 10, 20 anos.
Podíamos ter feito o Mercosul? Sim, mas, com o tempo, alterado os parâmetros para podermos negociar com o mundo de forma livre. Hoje, se quisermos propor algo mundial, temos que pedir colaboração dos outros países do Mercosul que enxergam um mundo não real, fechado. Só falta chamar Cuba para fazer parte do Mercosul.
Tínhamos que ter optado também pela ALCA.
Esta miopia do governo daqui vai causar limitações ao crescimento do país pois, além de não termos flexibilizado as regras do Mercosul, nosso governo parece não enxergar o mal que isto causará para o futuro dos brasileiros.
Não queremos conversar com os Estados Unidos mas conversamos com Cuba; não queremos conversar com a Europa mas conversamos com a Venezuela; não queremos conversar com o Japão mas conversamos com a China. Esta política não está certa.
Isto não vai mudar no curto prazo pois está escancarado que a Presidente não quer conversar com países de primeiro mundo por opção ideológica. Se reeleita, vai continuar fazendo o mesmo, ou seja, nada positivo em termos de relações econômicas internacionais. Lula até tentou. Esquece Ela que são as empresas e o povo que sustentam este país, que são os países desenvolvidos que regem a economia mundial e que um dia estas decisões vão custar caro para todos nós brasileiros. Pegamos o ônibus errado, mais uma vez.
Pense nisto e sucesso.