As políticas econômicas no mundo inteiro buscam essencialmente a construção de melhores condições de vida para seus povos essencialmente em 3 objetivos principais:

– Crescimento econômico;

– Estabilidade monetária;

– Repartição da renda e da riqueza.

A estabilidade monetária é alcançada quando a INFLAÇÃO é baixa, o que gera taxas de juros baixas, maior crédito, maior emprego, maior renda o que faz um efeito positivo principalmente para os mais pobres.

A estabilidade monetária é encontrada quando ao agentes econômicos ( pessoas, empresas e governo) constroem um equilíbrio entre receitas e despesas. No Brasil, pessoas e empresas normalmente fazem sua parte mas, muitas vezes, os governos não fazem e gastam mais do que arrecadam, causando desiquilíbrios que, normalmente, levam à inflação e a piora do quadro da economia como um todo.

Um governo que gasta mais do que arrecada, ou gasta mal, desiquilibra toda a economia pois gera desconfiança, precisa aumentar os juros e, normalmente, gera mais inflação o que, no médio prazo, volta-se contra todas as pessoas e empresas na forma de aumento de preços. Ou seja, quando não se tem controle das contas públicas, maus presságios serão muito provavelmente encontrados no futuro.

O teto de gastos públicos foi a melhor coisa nos últimos anos que se construiu de sólido no Brasil, junto com algumas reformas e a autonomia do banco central.

Não ter teto, como se está falando no Brasil agora, causará muito choro no futuro ao povo. Liberar uma PEC da gastança ( ou PEC do estouro ) em R$ 198 bilhões é uma afronta a qualquer bom senso. Liberar esse montante para os próximos 4 anos, como também se falou ( e a grande imprensa nem explora isso) seriam quase R$ 800 bilhões fora do teto. Se isso for aprovado, o povo é quem irá mais sofrer logo, logo.

A PEC de Lula, se aprovada, causará um sentimento de oba oba em certo momento por alguns meses mas, logo, vai começar reduzir o emprego e a renda da população o que, no médio prazo, será muito ruim para nossa economia, especialmente aos mais vulneráveis.

Fala-se que a PEC da gastança aumentar em 4 vezes o déficit primário do governo federal previsto para 2023, saindo de R$ 63,7% bilhões para R$ 216,6 bilhões. E não há previsão de aumento de receita para compensar esse gasto adicional.

Essa política fiscal irresponsável como alguns estão apregoando irá gerar insegurança a todas as atividades econômicas. Maiores juros aumentam a despesas da União e desestimulam investimentos privados produtivos, afetando o crescimento, o emprego e a renda.

A contabilidade criativa já gerou um impeachment. Se políticas semelhantes continuarem a ser propostas e serem utilizadas, pode-se gerar uma BOLA DE NEVE de difícil controle que toda economia será afetada, especialmente os mais pobres, mesmo com a falsa impressão de ter dinheiro no bolso.

O Brasil populista ressurgirá e, com ele, a impressão de que se está ganhando aumentará mas, na realidade, todos perderão amanhã.

Necessitando distribuir renda, que se reduzam os gastos públicos em outras áreas não que se queira a todo custo um furo na melhor coisa que esse Brasil fez nos últimos anos que foi o limite nos gastos dos governos.

Tudo isso quando nem se sabe quem será o ministro da fazenda é realmente desalentador.

E a grande imprensa calada. Quase nenhum piu.

Na economia, já vimos esse filme e o final é um desastre. E já vimos que há governos que sempre colocam a culpa nos outros: se a PEC da gastança não for aprovada, culpa do congresso. Eu tentei; Se o dólar dispara, culpa dos especuladores; se a bolsa de valores cai, culpa do mercado. Tem até gente que diz que não conhece o mercado: “quem é esse mercado?”

Deixar um país sem teto, sem regra fiscal, deveria ser crime pois se está construindo um poço que não sairemos mais. Quem avisa amigo é.

Pense nisso e sucesso.