Vou muito pouco ao centro da cidade, talvez umas 6 vezes por mês, Quatro delas opcionais, no domingo, quando vou a missa tratar da alma e as outras duas, obrigatórias, ao Bradesco, tratar do bolso.
Com esta rotina, dificilmente passo pelas largas calçadas da Av. Marechal Deodoro, com seus canteiros floridos e bem cuidados.
Vou ao centro quanto tenho que ir. Fora disto, são outros caminhos: da casa para o trabalho, do trabalho para casa e algumas outras andanças para visitar a família, incluindo os sábados quando visito aqueles que já passaram para a outra vida, no Campo Santo.
Nesta semana sai da rotina e fui ao centro. Que loucura! Desde o Banco do Brasil até a Igreja Santo Antônio; desde o Cartório Garcez e por três quarteirões das adjacências da Saldanha Marinho era gente para todo o lado.
Encontrei vários amigos, um em cada cem transeuntes, e quase me senti em terra estranha. Era muito povo e quase todo desconhecido.
Um verdadeiro “formigueiro”!
Muito bonito foi ver o respeito dos carros, transitando devagarinho e respeitando a passagem de pessoas pelas faixas de pedestre. Na sinaleira, mesmo sem carros passando, pedestres aguardavam a liberação para cruzarem a esquina. Ruas e calçadas muito limpas. As lojas cheias de atendentes e de pessoas. Uma festa!
Cheguei a conclusão de que minha aposentadoria será contemplada com um lugarzinho cativo num dos bancos da praça onde poderei observar aquele vai e vem de tantas pessoas e talvez conhecer gente nova.
O Odone me disse que optou por residir em Bento porque é muito fácil fazer amizades no centro da cidade e quero experimentar essa possibilidade que contraria um passado pouco distante quando se dizia que o povo de Bento era muito fechado.