O Jornal Semanário foi em busca de histórias que demonstrem afeto e romantismo, como as dos casais Priscila e Felipe, e Daiane e Leandro

Neste domingo, 12 de junho, celebra-se o Dia dos Namorados. A data é marcada por entrega de presentes, e os apaixonados já se preparam para viver momentos românticos ao lado de quem se ama. E mesmo os que estão juntos há anos, seja namorando ou com família formada, celebram na mesma intensidade suas histórias de amor.

Para tornar a data ainda mais especial, o Jornal Semanário foi em busca de histórias que demonstrem afeto e romantismo. Os casais Priscila Benvegnú e Felipe Guimarães Rodrigues, e Daiane Gasperin Magnaguagno e Leandro Magnaguagno são exemplos de união através dos anos.

Daiane e Leandro se conheceram em 1996, quando tinham 15 anos
Foto: Arquivo pessoal

Da adolescência para toda a vida

A empresária Daiane Gasperin Magnaguagno, 40 anos, e o corretor de seguros, Leandro Magnaguagno, 41, se conheceram por volta de março de 1996, no primeiro ano do segundo grau, que hoje é chamado de ensino médio. “Na escola Dona Isabel éramos colegas, nos tornamos amigos, e no dia 7 de novembro desse mesmo ano, começamos, sem pretensão, um ‘namorico’ de adolescentes. Ambos com 15 anos, as famílias nos achavam muito novos, e éramos, mas desde sempre sabíamos o que queríamos. Desde então foram poucos os dias que não nos vimos, e a vida foi acontecendo. No dia 8 de fevereiro de 2003 nos casamos”, menciona ela.

Hoje, após quase 26 anos, o casal tem dois filhos
Foto: Lunattikos Fotografia

De acordo com Daiane, viver a dois nem sempre é fácil. “Vivenciamos muitas coisas, doença na família, casa em construção, abertura de empresas, a vida sempre correndo, mas o mais importante foi sempre a nossa parceria, ambos sempre tentma fazer todo o possível para que a vida seja leve, mais fácil e mais bonita de ser vivida”, salienta.

Para a empresária, juntar dois temperamentos tão distintos não é tarefa fácil, pois é necessário muito diálogo. “Sempre que divergências aconteceram, conversamos e tentamos ajustar, para que ficasse bom para os dois. Nosso lema é arrumar o que estraga, e não descartar. Respeito e doação fazem parte da nossa vida a dois”, garante.

Em 2011, 15 anos após o início do namoro, o casal iniciou uma nova etapa, na qual ganharam o título de pais. “Neste ano, fomos presenteados por Deus com o primeiro fruto do nosso amor, e nasceu nosso filho Otávio, hoje com 11 anos. Três anos mais tarde, nosso segundo presente chegou, o Francisco. Hoje somos uma família realizada e feliz, temos o principal que é saúde e amor. Nossa história, que vai completar 26 anos em novembro, está longe de terminar”, conclui.

Um encontro inusitado

A arquiteta Priscila Benvegnú, 30 anos, e o mergulhador Felipe Guimarães Rodrigues, 39, se conheceram em 2019, em um momento de descontração com os amigos em Porto Alegre. Ela não tinha intenções de iniciar um relacionamento naquela fase de sua vida. “Foi ‘tipo’ um romance das quebradas. Estava com muita preguiça de me relacionar, porque o processo é cansativo, conhecer alguém, mostrar quem tu é e, de repente, a pessoa ‘evapora’. Eu vinha muito cansada desse tipo de situação”, conta.

Um dos fatores que encantou Priscila foi a profissão de Felipe, mergulhador
Foto: Arquivo Pessoal

Na ocasião, ela foi para a capital gaúcha ver o show da cantora Elza Soares, com uma amiga. “Depois fomos beber, e ela encontrou os colegas de mestrado. Resolvemos ir para um bar de karaokê, eu não estava muito a fim, mas topei e fui com a galera. Chegando lá, vi que tinha dois ‘caras’, e um deles ficou me olhando estranho, mas estava curtindo e não prestei muita atenção. Fui ao banheiro e ele foi atrás, entrei e ele foi entrando no banheiro feminino, perguntando se eu sabia onde era o masculino. Respondi que não sabia, pois era a primeira vez que estava naquele lugar. Então consegui prestar atenção nele, que estava puxando papo e achei interessante”, relata.

Segundo a arquiteta, depois de um tempo, Felipe, o mesmo que esbarrou com Priscila no banheiro, foi conversar com ela. “Fiquei olhando para a aparência dele e pensando: será que é hoje que vou ficar com um cara assim? Para ver como a gente cria estereótipos, vai pelo padrão, e às vezes não dá atenção para o que uma pessoa tem para falar, porque ficamos na aparência”, ressalta.

Ela narra que de início, eles apenas conversaram, mas a noite não acabou por aí. “Eu disse para ele: ‘já que é para ficar, vamos ficar. Estou cansada dessas bocas aleatórias, mas vamos ver no que dá’. E aí ficamos, e eu gostei! Mas estava lá pelo ‘rolê’ dos meus amigos, então não dei muita atenção. No outro dia ele queria sair, mas já tinha compromisso com a minha amiga, e não dei bola. Começamos a conversar bastante, e ele se tornou para mim uma pessoa extremamente interessante, pelo universo dele, profissão”, revela Priscila.

Conforme a arquiteta, atualmente os relacionamentos são vulneráveis e é difícil alguém mostrar interesse real por outra pessoa. Por percebê-lo realmente interessado, foi se deixando conquistar. “Ele decidiu ir pra Bento, não ofereci minha casa para ficar, ele ficou num hotel. O Felipe se esforçou, se deslocou para a gente se conhecer melhor, e essas atitudes dele foram me ganhando. Ele me conquistou com pequenas (grandes) atitudes”, acrescenta.

Para Priscila, sua história de amor é muito mais sobre enxergar além daquilo que se quer ver. “O amor é deixar com que o sentimento te preencha, e que as coisas aconteçam de onde tu não tens expectativas. Estamos namorando há quase três anos, morando juntos”, finaliza.