Bip! Bip!
Era a buzina do carro que eu ouvi mas sem saber se estavam me cumprimentando. Não deu para saber quem era o vivente.
Pudera! O vidro era escuro como óculos de sol. Não se via nada lá dentro. Talvez um amigo, ou…., ou……, sei lá!
Semana passada fui ouvir um pronunciamento do Presidente do Uruguai, Mujica (aquele que liberou a maconha). Entrou no recinto da EXPOALADI, lotado de pessoas, usando um óculos escuro, tipo praia. Ao iniciar seu pronunciamento lascou:
– “Deixo de cumprimentar as autoridades presentes, que devem ser muitas, pois não consigo enxergar qualquer pessoa. E se tirar os óculos escuros, também não vou enxergar pois tem tanta luz focando que nada consigo ver”. E não fez qualquer saudação.
Muito estranho mas…. era a pura verdade.
Será que é mais seguro saber que dentro de um carro está tudo normal, com um vidro bem transparente, ou é melhor ficar com a película do vidro impedindo a visão externa?
Fui tirar minhas dúvidas e experimentei um carro com o vidro “protegido” pela película. Parecia que lá fora ia ter um temporal: tudo escuro.
Na primeira manobra com o carro emprestado, tive que abrir o vidro para enxergar melhor. Foi uma experiência conclusiva: para mim não serve. Prefiro o vidro original, bem transparente.
Se ouvir novamente o bib, bib de uma buzina, peço que abram o vidro da janela do carro, caso tenha a película, para que eu possa ver o amigo e retribuir o cumprimento.
Quanto ao Presidente Mujica, um baita político, meu reconhecimento pela sua brilhante exposição de motivos sobre a transparência política, embora estivesse utilizando o
“ray ban”.