O Museu do Imigrante recebeu cerca de oito mil pessoas entre turistas e comunidade local em 2018. Este número representa um aumento de 55% no número de visitantes em relação a 2017 e ocorreu, graças a diversas ações e atividades promovidas pela entidade no decorrer do ano para difundir e oferecer acesso aos bens, conteúdos e valores oriundos do tempo histórico que o homem marcou em Bento Gonçalves.

Entre as atividades criadas, destaca-se a dinâmica de exposições, as visitas guiadas e os eventos que interagiram com uma gama de público de diversas parcelas da sociedade como comunidade local, estudantes e turistas. Oito exposições abordaram diversos aspectos da realidade histórica e contemporânea que inseriram diversos contextos que dialogassem e tivessem uma relação direta com a realidade. Esse caráter multifacetado permitiu proporcionar novas e diferentes vivências.

Desde as imagens fortes e poéticas de Sebastião Salgado às memórias de Oly Pavoni, dos Relatórios de Intendência à Gastronomia, das metodologias dos processos de ensino em Instruzione e Educazione às questões raciais da Semana da Consciência Negra, as impressões pictóricas de dois pintores italianos que passaram pelo município, José Boscagli e Walter Angelo Bertoni, aos estilos de presépios de outras nações, foi um cardápio pleno de vidas e de olhares que contextualizou as transformações do processo civilizatório do Homem.

De acordo com Deise Formolo, museóloga do Museu do Imigrante, “nossa instituição é uma casa da memória e, também, dos sentidos, da curiosidade, da pesquisa. Por isso, é preciso ampliar o conhecimento que é abrigado e desenvolver interações com o patrimônio material e imaterial para um público que está crescendo e é heterogêneo”.