Para Carla Rebeca Leite, a descoberta da gravidez trouxe inicialmente alegria e esperança. No entanto, o que era para ser um momento de sonho realizado se transformou em preocupação quando foi revelado que sua pequena filha estava enfrentando um grave problema de saúde. “Quando fomos fazer a segunda morfológica, descobri que tinha algo errado com o coração da bebê. A profissional que fez o exame não quis, ou ficou com medo de falar. Só disse para procurar minha médica. Chegando na obstetra, ela disse que minha bebê tinha um problema e era muito grave. Quando ouvi isso, meu mundo acabou”, relembra.

A pequena Ana Lua nasceu em Porto Alegre, em um centro especializado em cardiopatia. Foram 23 dias na UTI, e depois, foi para casa para ganhar peso para realizar a cirurgia chamada de Glenn. De acordo com a mãe, o coração da bebê funciona parcialmente, o que é chamado de univentricular. “Quando ela tinha cinco meses, fomos para Porto Alegre, ao Hospital Santo Antônio, o lugar onde milagres acontecem. Fez a cirurgia, e foi sem dúvidas o momento mais difícil que passei”, diz.

Durante a procedimento, Carla Rebeca só tinha forças para se agarrar nas roupinhas de sua filha e rezar. Não o suficiente, durante o procedimento cirúrgico, o pai da menina desapareceu, sem dar notícias. “Fiquei três meses com a Ana Lua na UTI, com os médicos me dizendo que não sabiam mais o que fazer, que o estado dela era muito grave”, revela.

Segundo a mãe, a criança sofreu quatro paradas cardíacas, um Acidente Vascular Cerebral (AVC), pneumonia e trombose. Além disso, foi submetida a um cateterismo e repetiu o procedimento cirúrgico. Nesse meio tempo, a pequena ainda sofreu inúmeras infecções. “Como não conseguia respirar sem o tubo, optaram pela traqueostomia, e hoje ela continua usando. Foram tantas tentativas de intubação que as cordas vocais foram lesionadas, por isso, também a dificuldade em respirar”, explica.

Após o período de recuperação, Ana Lua retornou para casa. Carla Rebeca diz que ao voltar para Bento Gonçalves, os novos desafios lhe provocaram medo e angústias. “Nesse tempo, descobri que mães têm super poder. Mãe é sagrada e Deus escuta nossas orações, tenho absoluta certeza disso”, declara.

Para cuidar integralmente da pequena, a mãe precisou largar o trabalho. Carla Rebeca diz ainda que o pai da menina nunca ajudou com os cuidados e nem com os valores dos tratamentos caros. Atualmente, as duas recebem um benefício social. Por conta disso, ela precisou ir em busca de alternativas como vaquinhas online e rifas. Com os valores arrecadados, foi possível comprar a válvula fonatória para Ana Lua voltar a falar, mas ainda existem os gastos diários, mesmo recebendo o leite. “Os valores são para as compras de sondas para aspiração que ela usa em torno de 10 a 15 por dia, também a compra de luvas estéreis. Além disso, precisamos pagar o tratamento com a fonoaudióloga e a fisioterapia motora, já que por conta do AVC ela não consegue mexer direito um lado do corpo, por isso, cada centavo importa”, explica.

Com um ano e dois meses, Ana Lua se prepara para mais uma cirurgia no coração, quando completar três anos de idade.

Interessados em realizar doações para ajudar no tratamento de Ana Lua podem efetuar por meio do PIX de Carla Rebeca, através da chave: [email protected].