Maior ilha marítima do Brasil, Ilhabela é famosa pela prática de esportes náuticos, em especial a vela – os ventos constantes que sopram no Canal de São Sebastião tornam as praias da costa Norte perfeitas para a atividade. O charme também é característica marcante da região, reunindo aconchegantes pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e cafés nas ruas no entorno da Vila, como é chamado o badalado centrinho, ponto de encontro de todas as tribos depois da praia.

Os ares paradisíacos da ilha ficam por conta dos cenários emoldurados por mar azul, montanhas cobertas com vegetação nativa de Mata Atlântica, cachoeiras – são mais de 300 – e praias de areias douradas e águas cristalinas como as badaladas do Curral e de Perequê.

Os atrativos de Ilhabela, entretanto, vão além da natureza: concorridos eventos atraem profissionais e turistas que chegam no inverno para curtir a Semana Internacional da Vela, a maior do gênero realizada na América Latina e que acontece em julho; e o Festival do Camarão, em agosto.

Glamourosa, Ilhabela começa a apresentar, aos pouquinhos, uma outra faceta bastante diferente da sofisticação da Vila, porém, não menos fascinante. Na costa voltada para o mar aberto, frequentada pelos surfistas, mergulhadores e aventureiros, ficam as praias mais selvagens da ilha, com acessos nada fáceis – e por isso, garantia de paisagens praticamente intocadas.

Na praia do Bonete, uma vila de pescadores sem luz elétrica ou sinal de celular, chega-se depois de quatro horas de caminhada. Já para aportar na Baía de Castelhanos é preciso enfrentar os 22 quilômetros de uma estrada de terra ruim, chacoalhando dentro de veículos com tração nas quatro rodas. No caminho, porém, surgem cachoeiras de até 70 metros de queda com tobogãs e poços cristalinos capazes de fazer esquecer qualquer perrengue.

O que fazer por lá?

  • Chacoalhar em um jipe rumo à Baía de Castelhanos

Passeio preferido dos jipeiros, a aventura que leva à Baía de Castelhanos, no selvagem o lado Sul da ilha, dura cerca de uma hora sacudindo em veículos 4×4 – os únicos que enfrentam a precária estrada de terra de 22 quilômetros. Agências oferecem passeios de jipe. Chegando na baía, prepare-se para encontrar uma extensa faixa de areia dourada e fina e trilhas que levam a praias com boas ondas e surfistas. Não deixe de conhecer a cachoeira do Gato, acessível depois de 40 minutos de caminhada, com 70 metros de queda e piscina natural.

Uma outra maneira de chegar à Baía de Castelhanos é de lancha – se o mar permitir – , em viagem de cerca de uma hora e meia. Há duas opções de roteiros: pelo litoral Sul, passando por Bonete, Enchovas e Indaiaúba; e o que vai pela costa Norte, contornando a ilha até Castelhanos.

  • Curtir a Praia do Bonete

Localizada na costa Sul, a praia do Bonete é semideserta, procurada por surfistas e aventureiros e não tem acesso simples. Para chegar à vila de pescadores – que vive sem luz elétrica e outros confortos da cidade -, somente por trilha ou de barco (a partir de Perequê), dependendo da maré. Quem chegar por terra, pode ir de carro até o bairro de Sepituba onde tem início uma caminhada entre quatro e inco horas até a praia. A trilha, na verdade uma antiga estrada que ligava a praia à zona urbana, não apresenta grandes dificuldades e oferece um refrescante banho na cachoeira da Laje, uma das mais bonitas da região, com 60 metros de quedas que formam tobogãs. Chegando em Bonete, escolha seu canto em meio aos 400 metros de extensão da praia e bom descanso!

  • Tomar banho de cachoeira

Ilhabela tem mais de 360 cachoeiras, muitas de fácil acesso. Não deixe de inclui no roteiro a da Lage, com pequenas quedas que formam piscinas naturais de águas cristalinas. Alcançadas por trilhas a partir das praias, as quedas do Gato e dos Três Tombos são indicadas para banho e prática de rapel, respectivamente.

  • Passear na vila

No início da noite a Vila ganha movimento, lotando cafés, restaurantes e lojinhas da área. Para observar o burburinho, dê uma volta pela rua do Meio, repleta de gente.

  • Terra & Mar

O concorrido passeio reúne aventuras em trilhas e na água. A diversão começa às 10h, na praia do Perequê, de onde o primeiro grupo sai de jipe rumo à praia de Castelhanos, encarando os  22 km de terra até um dos cenários mais encantadores de Ilhabela. Enquanto isso, o segundo grupo parte de barco para o mesmo destino, contornando o litoral norte da ilha, com paradas para mergulho livre nas praias da Fome e Saco do Eustáquio. Na volta, os meios de transporte são trocados, e a chegada à Perequê ocorre por volta das 18h.  Várias agências oferecem o passeio.

  • Mergulhar na Ilha das Cabras
Foto: Carlos Nardi

A Reserva Marinha da Ilha das Cabras é considerada um dos melhores points para a prática do mergulho na região. Além de cardumes de espécies diversas, tem naufrágios repletos de vida marinha.

  • Passear de escuna

Os passeios de escuna que partem da praia do Perequê levam às belas praias da Fome e do Jabaquara. Ao longo do percurso, que dura o dia inteiro, aproveite para mergulhar e apreciar a Mata Atlântica nativa, que emoldura grande parte do cenário.

Fonte: www.feriasbrasil.com.br

Fotos: Divulgação