Município superou a meta no ensino inicial, mas ficou abaixo nos finais. Escolas estaduais apresentaram índices baixos

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ineb) foi apresentado nesta semana, com o cenário educativo de Bento Gonçalves tendo variações. As escolas do munícipio superam a meta no nível inicial, mas ficaram abaixo na final no ensinal fundamental. Já as estaduais ligaram o alerta para a maioria, enquanto algumas mantiveram ótimas notas.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, no âmbito municipal, a meta era de 6,1, e as escolas alcançaram 6,4. O destaque ficou por conta da escola Vânia Maria Mincarone, com nota 7,6, a melhor da pesquisa.

A diretora Edna Lúcia Freire comemora o desempenho. “É com muito orgulho que recebemos esta notícia e percebemos que o que é realizado por toda equipe de trabalho vale à pena. É um trabalho realmente de muita seriedade do grupo. A cobrança dos estudos, sua importância, a responsabilidade, o interesse, a parceria com as famílias que comparecem na escola quando solicitadas para o trabalho em conjunto”, conclui.

Além dos projetos desenvolvidos junto à comunidade escolar, a professora revela o segredo do bom desempenho. “Uma pitada fundamental é que estamos desenvolvendo nos nossos alunos o ‘amar’ sua escola, o querer estar nela e aproveitar o que melhor ela pode oferecer, fazer amigos, estar bem, estar feliz e adquirir conhecimento”, conta.

Outra escola que obteve boa média (7,0) e com um dos maiores crescimentos foi a São Roque – Professora Nilza Côvolo Kratz, que atende em turno integral. A diretora Maria Inês Accorsi ressalta o trabalho desenvoldio na instituição. “Nossa organização curricular foi feita para que conseguíssemos contextualizar mais e melhor os conteúdos com os alunos, pois temos o turno integral, diferente das demais, com brincadeiras literárias, jogos matemáticos. É o passar a teoria e dar a eles a prática. E além disso, buscamos ao término de uma disciplina disponibilizar atividades alternativas em outra salas ou fora delas para que o aluno tenha uma rotina diferente”, conta.
Com relação a manter e superar o índice para o próximo Ideb, Accorsi vê boas perspectivas. “Essa turma que teve a avaliação veio misturada de várias outras escolas. Para o próximo, acredito que os resultados serão ainda melhores, pois temos alunos desde as primeiras séries. Mas ressaltando, não é apenas boas notas e sim, formar boas alunos e cidadãos”, analisa.

Alfredo Avelini, Professor Agostinho Brun e Ernesto Dorneles também alcançaram nota 7,0 ou superior no Ideb. Em contrapartida, nos anos finais do ensino fundamental, o município ficou abaixo obtendo 4,9 dos 5,5 pretendidos.

 

Estaduais

A meta era 6,2 e as escolas estaduais ficaram abaixo, com 6,1 no geral. Das instituições de ensino citadas, o alerta do Ideb veio para 11, das 14 nos ensino inicial. Já para os anos finais do fundamental, veio alerta e atenção para nove escolas.

Entre os bons exemplos está pelo terceiro ano consecutivo, a Escola José Farina, com 7,7 de média. A diretora Jaqueline Dal Moro, indica os diferenciais da escola. “É o trabalho coletivo. Esses alunos iniciaram conosco ainda na educação infantil. É um projeto único desde os planos de estudos, regimento escolar e pedagógico e que termina na qualidade do processo de aprendizado”, conta. Projetos de leitura, passeios de estudo como complemento ao que é dado em sala de aula e o envolvimento dos pais, também são vistos como essenciais no ciclo do projeto.

Pais e, claro, os professores ganham destaque por parte de Dal Moro para repetir o desempenho. “Os profissionais aqui estão, fazem a diferença, pois trabalham com o amor. A participação do CPM, do Conselho Escolar que nos auxiliam de forma impecável, desde a alimentação de qualidade até a nossa valorização é fundamental. E assim, com essa união e melhorando o que temos agora, vamos buscar mais um ano de bom desempenho”, revela.

Com 7,3 nas iniciais e 5,5 na finais, a Escola Luiz Fornasier também foi destaque, o qual é enaltecido pela diretora Maristela Varela Batisti. “No Ideb nunca caímos nos índices, sempre acima das metas desde 2005, o que é significativo. O que procuramos fazer sempre é sair do tradicional quadro e caderno. Para isso, buscamos colocar internet em todas as salas de aula, para que os professores pudessem acessar sites de conteúdo e mostrar situações aos alunos, melhoramos nossos laboratórios”, destaca.

Outras iniciativas junto aos alunos são destacadas por Batisti. “Os professores promovem jogos na área da matemática, visando que os alunos criem e ao mesmo tempo aprendam. No português, temos a busca para com que os alunos façam uma reflexão em cada resposta, a torne com conteúdo. E assim como em outras áreas”, valoriza.

No ensino médio, não houve divulgação das notas pelo portal do Ineb.