Na última sexta-feira, 28 de julho, 14 jovens escoteiros de Bento Gonçalves do Grupo Escoteiros Ciretama, com idades de 15 a 17 anos, embarcaram para a Ásia, rumo a novas experiências do outro lado do mundo.

Durante os dias 1º a 12 de agosto, o grupo participará do 25º Jamboree Escoteiro Mundial, na região de SaeManGeum, localizada na Coreia do Sul. O evento é o maior acampamento do Movimento Escoteiro e acontece a cada quatro anos em um país diferente. São esperados cerca de 45mil participantes, de mais de 200 países, que ficarão em um grande acampamento com cerca de 10km².

O tema deste ano é ‘Desenhe seu sonho’ (Draw your dream) e a programação é única, criada para atender jovens de todas as origens com modelos educativos e muitos desafios. Com suas patrulhas, os participantes irão fazer parte de atividades de intercâmbio cultural com os demais escoteiros de todo o mundo, irão cozinhar, montar o próprio acampamento, farão atividades de lazer, cultura, espiritualidade, entre outras, orientadas pelo programa proposto pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro.

Os 14 jovens escoteiros do Ciretama e os chefes Luciano e Bridi, que os acompanham na viagem

A Diretora de Métodos Educativos e Comunicação do Ciretama, Andréia Pivotto Dal Pizzol, destaca que espera que os jovens possam aproveitar muito a viagem. “Vai permitir que eles façam amizades com pessoas de diferentes culturas e de diversos países, além de participem de atividades educativas e muito seguras. Certamente essa é uma oportunidade de vivenciar outras culturas e sonhar que um mundo melhor seja realmente possível”, diz.

Ela fala um pouco sobre as expectativas dessa experiência única para os escoteiros selecionados. “A ansiedade dos nossos jovens é muito grande. Alguns estão com a mochila pronta há dias. Para outros, essa é a sua primeira viagem internacional e a maioria vai sem os pais”, explica.

O Ciretama já participou de várias edições, em diversos países, inclusive da última em 2019, nos Estados Unidos. Conforme Andréia, o próximo Jamboree, que ocorrerá em 2027, já tem um local definido, a Polônia. “Ele é ‘a cereja do bolo’ quando o jovem entra para o Ramo Sênior (que é de 15 a 18 anos – para o evento, devem ter nascido exatamente de 22/07/05 até 31/07/09). As histórias que os adultos de hoje contam dos encontros anteriores, são incríveis. Todas as pessoas, independentemente da idade, dizem que é algo que marcou suas vidas. As amizades criadas permanecem para sempre”, conta.

De acordo com Andréia, todos os jovens que se enquadravam no requisito de idade exigida, podiam se inscrever para ir para a viagem. “Algumas ações foram realizadas pelos pais e integrantes a fim de auxiliar financeiramente, como rifas e ‘espeto escoteiro’, que foi a venda de galeto. O restante das despesas foram custeadas por suas famílias. Participar de um Jamboree como Jovem Escoteiro, é uma oportunidade única na vida. Os do Ciretama estão se preparando para esse momento há bastante tempo”, revela.

Ademais, a Diretora salienta que muitas pessoas pedem para definir exatamente o evento ou o que os escoteiros realmente fazem, sendo sempre difícil de explicar. “Isso é uma pergunta frequente, mas quase impossível de ser fielmente respondida, porque realmente só sabe quem vive cada momento desse movimento, que inspira milhões de jovens e adultos voluntários ao redor do mundo. E o mais interessante é que todos tem um mesmo propósito de criar cidadãos responsáveis, com valores e com propósito de deixar o planeta cada vez melhor”, finaliza.

Uma jovem com altas expectativas

Maria Carolina Pivotto Dal Pizzol, 17 anos, é uma das escoteiras que voou rumo ao país asiático. “É um mix de sentimentos. Mas sei que qualquer que seja a minha expectativa da viagem, vai ser muito mais. Me preparei mesmo para a melhor experiência da minha vida, na qual terei somente uma oportunidade”, expressa.

Conforme Maria, existem vários relatos de escotistas e jovens que participaram do Jamboree em outros anos, que a fazem ter otimismo em relação ao encontro internacional. “Alguns deles com mais idade, que falam que foi a melhor experiência deles, que aprenderam coisas e fizeram amizades que vão levar para toda a vida”, diz. E complementa: “Além das memórias, ficam as lembranças físicas que são trocadas com jovens do mundo todo. Quero conhecer novas culturas, especialmente a sul coreana, e aprender com elas”, conclui.