O governo do Estado suspendeu qualquer negociação com o comando de greve do Cpers/Sindicato enquanto perdurar a paralisação. O diálogo com os professores será mantido por meio das CREs (Coordenadorias Regionais de Educação), como já vem ocorrendo. As afirmações estão em um documento remetido pelo governo ao Cpers na tarde de terça-feira, 14.

Conforme o secretário estadual de Educação, Ronald Krummenauer, “o compromisso de preservar o diálogo sobre a qualidade da educação está mantido, mas neste momento temos de retomar a normalidade das aulas”, afirma.

Ainda de acordo com o documento, a mesa de negociação para abordar os desafios da qualidade do ensino e valorização do magistério com o sindicato será reaberta quando as aulas forem restabelecidas em 100% das escolas.

O documento também elenca oito pontos em que o governo avançou nas reivindicações da categoria. “Não podemos mais assistir os nossos alunos serem prejudicados. Negociação pressupõe que cada parte ceda um pouco. O governo pede, mais uma vez, que as aulas sejam retomadas. Feito isso, reabriremos uma mesa de negociação para abordar os desafios da qualidade do ensino e a valorização do magistério, tendo o aluno como foco principal”, afirma secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Branco.

Na última sexta-feira, 10, os professores decidiram manter a greve após receberem uma contraproposta do governo durante uma reunião. O sindicato exigia que nenhum servidor em greve fosse punido, o que a Seduc já garantiu que não vai acontecer. Outro pedido da categoria era que fosse retirada a urgência de votação do projeto que trata da reestruturação do Instituto da Previdência Estadual na Assembleia Legislativa, também aceito pelo governo.