A informação sobre uma possível nova paralisação dos caminhoneiros que circula nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens e é tratada como fake news (notícia falsa). A Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul emitiu uma nota para desmentir a informação. O governo federal também descarta a possibilidade de nova greve.

Na paralisação ocorrida em maio passado, a categoria teve suas principais reivindicações atendidas após 11 dias de greve. O boato de que a categoria organizaria uma nova paralisação ganhou força a partir do compartilhamento de mensagens pelo Whatsapp.

Por meio da assessoria de imprensa, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que determinou que a Polícia Federal (PF) apure os objetivos de quem espalhou o boato. A investigação ocorrerá no âmbito dos inquéritos já instaurados para apurar a paralisação e a suspeita de envolvimento de empresários na condução dos protestos que, inicialmente, tinham como motivação a alta do preço dos combustíveis, mas logo incorporaram outras demandas à pauta de reivindicações.

Leia na íntegra o comunicado:

Diante das últimas notícias repercutindo na imprensa sobre uma ameaça de nova greve de caminhoneiros, temos a informar que a FECAM-RS é uma entidade criada é reconhecida legalmente há mais de vinte anos para a defesa da categoria dos caminhoneiros autônomos.

Representa o Transportador Autônomo, pessoa física, proprietário de um único veículo, que com este preste serviço de transporte de carga de forma remunerada em todo o território nacional.

Desde a sua criação, por seus sindicatos filiados, luta pela dignidade, qualidade, aperfeiçoamento e toda e qualquer melhoria para o exercício dessa atividade. Na última paralização, a Fecam-RS, lutou pela desoneração do preço do litro do óleo diesel, conquistado com a queda do Pis, Confins e da Cide. Sempre defendeu a criação de um Índice de Remuneração do Transporte e não de uma tabela de fretes, por entender que na cadeia do transporte de carga praticada hoje no país, o tabelamento só beneficia às Empresas de Transportes. A tabela de preços mínimos de fretes, publicada pela ANTT, compõem apenas 11 variáveis da relação de transportes. Para se obter uma tabela que contemple a necessidade dos dias de hoje, ficaria impossível, tamanha a incidência de variáveis dessa relação, a exemplo da variedade dos modelos de veículo, do tipo de cargas, da infraestrutura em cada região, dos custos fixos e variáveis de cada prestador de serviço, o que torna irreal os números engessados em uma planilha obrigatória. Por esse motivo a Fecam-RS apresentou um estudo técnico que amplia as variáveis para mais de duzentas, tornando mais real o levantamento de custos do frete.

Mas independente disso, há que se registrar que a lei prevê alteração dos valores da tabela de preços mínimos do frete a cada vez que o litro do diesel aumentar em mais de 10%.

Assim, a Fecam-RS é responsável em sua atuação, não corrobora com falácias e conspirações divulgadas pela internet e redes sociais. Não apoia manifestações anônimas de nenhuma ordem. Esses que divulgam ou vão a imprensa para obter seus 15 minutos de fama, não tem consciência do que significa ser cidadão, e subestimam a capacidade de entendimento de uma categoria séria e trabalhadora que não vai ser usada como escudo de intenções anárquicas para tumultuar ainda mais a vida dos Brasileiros.

A Fecam-RS e seus sindicatos, demonstra sua representatividade com atitudes, com projetos e resultados para a categoria. Atende ao caminhoneiro disponibilizando convênios, serviços, benefícios, informação, formação, além de discutir e apresentar de forma fundamentada, técnica e elaborada por estudos e pesquisas, junto aos governos federal, estadual e municipais, projetos e ações que resolvam as dificuldades do caminhoneiro autônomo.

Esclarecemos, que não basta bradar em reuniões de governo, se apresentar para a mídia nacional, usar redes sociais, baseado apenas em falácias e argumentos lastreados em achismos. É preciso respeitabilidade, coerência, competência e resultados para resolver os problemas do transporte.

A FECAM-RS tem exigido da ANTT a fiscalização sobre a Tabela de Preços Minimos, tem se posicionado de forma incansável para que a categoria não sofra as consequências.

O Estado do Rio Grande do Sul, possui uma representatividade séria e transparente no setor de transportes, pelas Federação dos Caminhoneiros Autônomos, Federação dos Taxistas, Federação das Empresas de Transporte de Cargas, Federação das Empresas de Transportes de Passageiros e Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, todas em conjunto com seus Sindicatos filiados que representam e defendem os interesses de suas categorias e em benefício do transporte rodoviário.

Nenhum destes, se esconde atrás de mensagens anônimas na internet ou em redes sociais. São entes sérios e combatentes em seus interesses e precisam ser respeitados.

Não há motivos para alardear a sociedade, promovendo a insegurança, pois as demandas do transportes foram atendidas no limite das negociações e continuarão sendo discutidas e implementadas ao longo dos próximos meses. Qualquer movimento irresponsável deve ser investigado e punido, para que os que querem desestabilizar mais ainda a situação usando o caminhoneiro como escudo sejam identificados e não cometam mais esse erro.

Todos precisamos obedecer regras, pois do contrário vira anarquia.

Rogamos e defendemos o bom senso, coerência e responsabilidade.

Não há qualquer movimentação de paralisação ou greve por parte das entidades representativas do setor de transportes. Há que serem identificados os autores dessas informações e responsabilizados pelos danos e insegurança causados, para que sirvam de exemplo. Estes (UDC) não representam o Estado do Rio Grande do Sul.

 

A PRESIDÊNCIA.