Seguindo o exemplo de Nova Roma do Sul e cansados da demora em uma solução definitiva sobre o trecho da ERS-431, que liga os municípios do Alto Taquari e da Serra Gaúcha, lideranças de Guaporé se reuniram na manhã de sábado, 3 de fevereiro, para debater a possibilidade de constituir uma associação na busca por doações que pudessem efetivar as obras de reconstrução da ponte em Santa Bárbara, derrubada pela enchente de setembro do ano passado.

É consenso que há necessidade urgente de pensar em outra alternativa a não ser a instalação de uma balsa, que deve começar os serviços neste semana. Conforme o secretário de Turismo de Guaporé, Odacir Toldi, a reconstrução da ponte é urgente e a participação da sociedade é fundamental. Desde setembro, quando a estrutura foi levada pelas águas, a situação de quem precisa se deslocar à Bento Gonçalves e arredores ficou agravada. Além disso, os custos para transporte de pacientes, por exemplo, também acabou aumentando.

Agora, findado o primeiro encontro, uma reunião com representantes do governo do Estado foi marcada para o dia 22. Cerca de 80 pessoas devem participar, com o objetivo de cobrar uma solução definitiva para o problema que se arrasta há, pelo menos cinco meses, impactando diretamente a vida das famílias que residem nos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e São Valentim do Sul, além de arredores.

Caso não haja nenhum avanço sobre a reconstrução, um protesto deverá ser realizado no local.

Segundo o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), o anteprojeto e o orçamento para a construção da nova ponte já estão prontos e foram cadastrados junto ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O valor da obra ainda não está definido, já que alguns ajustes técnicos no projeto foram solicitados pelo governo federal. A expectativa, segundo a autarquia, é que esta etapa seja concluída até o final de fevereiro.

Em nota ao Semanário, o Daer informou ainda que o projeto da nova ponte será diferente do antigo modelo. Inclusive, no tamanho da estrutura, que vai chegar a 320 metros, ou seja, maior do que a que foi destruída na enchente de setembro do ano passado.

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Foto: Emanuele Nicola / Reprodução