Depois de empossado governador do Estado, Eduardo Leite, acompanhado de autoridades e familiares, deixou a Assembleia Legislativa, atravessou a rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre, e foi recebido, na frente do Palácio Piratini, por Ranolfo Vieira Júnior, que estava encerrando nove meses de governo à frente do Executivo estadual.

Os cumprimentos marcavam o início da cerimônia de transmissão de cargo de governador. Leite assinou a ata de assunção ao cargo, seguido do vice-governador Gabriel Souza. A solenidade lotou o Salão Negrinho do Pastoreio, tradicional local de importantes anúncios do governo. Secretários de Estado – a maioria empossada na mesma cerimônia já estavam no Piratini.

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Menos formal do que a solenidade de posse, a transmissão de cargo foi marcada pelo tom emocional. As apresentações da Ospa e convidados representaram a diversidade da cultura e do povo gaúcho, temas destacados pelo governador Leite em seu pronunciamento. Feita de improviso, a fala foi de agradecimento ao povo gaúcho, a familiares e a Ranolfo Vieira Júnior, que foi seu vice-governador no primeiro mandato e estava à frente do Executivo estadual desde o fim de março passado.

“Quero saudar, com muita alegria, meu amigo, agora ex-governador Ranolfo Vieira Júnior. Que privilégio, Ranolfo, nestes anos, ter contado com a tua parceria, com a tua lealdade. E, como sempre, uma amizade cívica, porque construída na visão de cidadãos que se unem pelo Estado, mas que se transformou em uma amizade verdadeira, leal, que eu vou carregar para a vida toda”, disse.

O governador também enfatizou a importância da atuação do vice Gabriel na parceria para a disputa eleitoral. “Quero saudar o nosso vice-governador Gabriel Souza, pela parceria que construímos e que me deixa muito convicto: nos próximos anos, Gabriel, seremos capazes de fazer grandes coisas por este Estado”, acrescentou.

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Conforme Leite, a reeleição pode ser vista como um plebiscito no meio sobre a continuidade de um governo ou não – Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini


Leite destacou as apresentações culturais da cerimônia, com representatividades étnicas e de gênero, como um símbolo do momento e do entendimento do que o governo deve atender aos anseios e necessidades do povo que o elegeu. “Fiz questão de que, nesta minha posse, retomando a condição de governador dos gaúchos, tivéssemos uma apresentação artística que nos ajudasse a nos conectar com o sentimento que deve embalar um governo. E o sentimento que deve nos embalar não pode ser outro senão o do entendimento de que o governo não é este prédio, não é a estrutura física. O governo não é o partido político ou a aliança partidária. O governo deve ser para a sociedade, para o povo que o escolheu na imensa diversidade do nosso povo gaúcho e brasileiro”, disse.

O pronunciamento do ex-governador Ranolfo também teve um tom emotivo ao lado de destaque de realizações. “Chegou o dia, governador e amigo Eduardo Leite, de te restituir o cargo de governador dos gaúchos, após a democrática unção popular. Nove meses passaram desde quando o recebi de tuas mãos, e desse período guardo uma lembrança inesquecível, por boas e elevadas razões”, iniciou.

Ranolfo falou sobre o que chamou de governo de “evolução da evolução”, com a reeleição inédita de um governador e de um mesmo projeto político. “Os próximos quatro anos serão de maior plantio e melhor colheita”, projetou. “Quero saudar a equipe de governo. Todos e cada um, onde estivessem, tocaram um governo que não passou, não parou, não interrompeu, nem pausou. Continuou e continua. Trata-se de uma continuidade sem ruptura, sem estresse, algo que o Rio Grande nunca conheceu antes”, acrescentou.

Encerrada a solenidade, o governador Leite convidou Ranolfo para, juntamente com o vice Gabriel, receberem os cumprimentos dos presentes ao evento no gabinete oficial.

Fonte: Governo do Estado