O Brasil vive OUTRO momento de instabilidade econômica, agora agravado por uma instabilidade política. Nosso país é pródigo para esses momentos onde parece que as coisas podem melhorar, mas quase nunca se chega lá. O maior exemplo é a frase que o Brasil é o país do futuro pois, não verdade, nunca se chega ao tão esperado desenvolvimento e melhoria sustentável da qualidade de vida.

Nesses últimos dias, inúmeros amigos e clientes me ligaram para pedir o que fazer diante de tamanha insegurança quanto a uma série de situações na área econômica. Aconselhei-os a manterem-se vigilantes, na esfera econômica, e procurarem ativos sólidos.

Espero que o nosso Brasil não quebre como quase aconteceu nos anos 2015 e 2016 quando nosso PIB caiu 7%, número que até hoje não se conseguiu mais recuperar. Como todos sabemos, construir é mais difícil do que quebrar algo. É como no futebol, construir a vitória normalmente é mais complicado do que só se defender.

Nesses primeiros 15 dias após o segundo turno, nossa moeda, o Real, foi a moeda de países emergentes que mais se desvalorizou; nossas estatais perderam R$ 100.000.000.000,00 ( 100 bilhões ) e a bolsa de valores perdeu uma enormidade.

Fala-se agora em romper o teto de gastos em quase 200 bilhões de Reais numa PEC que está sendo chamada de “PEC da gastança” por alguns políticos e tirar o Auxílio Brasil/Bolsa família do teto. Ou seja, sinaliza-se para um descontrole das contas públicas.

Onde está agora o Armínio Fraga, economista que abriu o voto ? Onde está o Henrique Meirelles?

Espero que, no próximo ano, o governo tenha responsabilidade fiscal de não romper o teto de gastos pois isso significaria dar com uma mão e tirar com outra pois a instabilidade, os juros, a inflação e o desemprego podem comprometer tudo o esforço de curto prazo.

Espero que se pare de falar mal do Brasil aqui dentro do país e lá fora, de dizer que o impeachment da Dilma foi golpe, de dizer que 50% da população está na miséria pois não seria verdade, de falar mal do agro, que se pare de gastar mais do que se arrecada, que não se entregue o país a estrangeiros na questão do clima e que não volte a era Dilma I e II. Será que o “nós e eles” vai acabar mesmo?

Já vi muitos “filmes” de nossa realidade econômica mas esquerda é esquerda, direita é direita.

O Brasil vai crescer entre 2,5% e 3% nesse ano de 2022. Isso é muito bom e fruto do esforço de todos os brasileiros. A previsão do mercado para 2023 é de crescimento ao redor de 1% mas isso ainda está sendo ajustado pois não se sabe nada ainda sobre equipe econômica. Como eu disse há algumas semanas atrás, dar um cheque em branco seria arriscado demais.

Mantega abandonou o barco. Espero que suas idéias também sejam abandonadas.

Com tanto barulho, instabilidade nos mercados à vista.

E agora, Adelgides? Mantenha-se com foco e procure fontes confiáveis.

Pense nisso e sucesso.