Os avós são como raízes que alimentam grandes árvores”. A frase talvez consiga representar o significado e a história de vida do casal Dulci e Zelavir Giordani, ambos com 72 anos de idade, sendo 51 de casados. Moradores do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, relatam lembranças carinhosas de seus próprios avós, que eram queridos e amorosos. Guardam na memória recordações de suas infâncias, quando levavam uma vida calma e feliz, gostavam de passear e estudar.
Dulci e sua família se mudaram de Arroio do Meio, cidade em que nasceu e cresceu, para Bento Gonçalves, onde conheceu seu então futuro marido. Do longevo casamento, tiveram seus cinco filhos: Cláudia (50), Paulo (47), Vitor (42), Paula (40) e Marcos (33). Para eles, com a chegada dos filhos, só aumentou o amor envolvido, e a criação de todos foi tranquila. Os principais valores que fizeram questão de repassar aos filhos são honestidade, simplicidade e amor ao próximo.
O casal tem 10 netos: Leonardo (24), Davi (17), Laura (21), Carolina (18), Henrique (14), Lucas (16), Manuela (11), Helena (5), Liz (4) e Pedro (2). Os “pequenos” são o xodó dos avós, que gostam de aproveitar passeios, pescarias e viagens juntos no motorhome que possuem. Viajar, inclusive, é a atividade que mais gostam de fazer.
Para se manterem unidos e sempre presentes na vida um dos outros, a família tenta se reunir todas as terças-feiras para matarem as saudades, mas nem todos têm disponibilidade e conseguem. Por isso, aos finais de semana, Dulci prepara um bolo para receber a visita dos filhos e netos – alguns vão para almoçar, outros para jantar – mas nunca deixam de se ver.
Os avós são, em geral, os mais respeitados em uma família por serem também os mais velhos. A escolha de 26 de julho para celebrar o dia dos avós possui origem bíblica. A data foi instituída pelo Papa Paulo VI, no século XX, para homenagear os pais de Maria, mãe de Jesus, chamados Ana e Joaquim. Principalmente para a saúde mental, a presença dos netos é fundamental para os idosos. O carinho e a atenção são combustíveis para o cérebro, mantendo uma conexão importante. Socialmente falando, é uma troca perfeita para ambos. As crianças aprendendo com os mais velhos, e os mais velhos aprendendo com as crianças.