“Do sistema”, é claro!
Se há corrupção no país, ela se deve à forma – política, social e econômica – de organização da sociedade. As estruturas é que estão corrompidas, não o comportamento dos atores que se beneficiam delas.
Se a secura do nordeste brasileiro não foi resolvida pelos programas CODENO, SUDENE, SUDAM, SUDEPE… e por outros pretextos antigos, é por causa do sistema meteorológico, que não tem ascendência sobre o tempo, cujas nuvens – sacanas – desviam daquela região.
Se as tempestades andam de mala – e de cuia e pala – com preferência explícita às áreas ribeirinhas e carentes, o que é que se pode fazer?! “Nádega!”, diz a piada (mais velha que o sistema eleitoral). A culpa é do sistema solar que “manda brasa” sobre o Planeta.
Se a saúde está na UTI, é por causa do sistema sensorial, que é caolho e não consegue ver que a sobra nunca chega onde falta, e a falta não chega onde sobra. .
Já se a educação está no limbo, sem atrativos aos docentes e discentes, a responsabilidade é do sistema límbico, responsável pelas emoções e comportamentos sociais.
E se você, leitor, se aposentou sem mudar de classe embora tenha cumprido o tempo regulamentar de serviço, ou se perdeu sua vez na fila das cirurgias, ou se teve cancelado os benefícios, ou se seus exames foram trocados, ou até se você foi considerado morto…, a culpa não é de ninguém – é só falha do sistema operacional.

De quem é a culpa? (II)

Das galinhas, é claro!
O processo de erotização das crianças e a iniciação sexual dos adolescentes preocupam pais, educadores e a sociedade em geral. A menininha se maquia, rebola, o menininho remexe, dança funk, a guria faz sexo, o guri filma, e tudo pinta nas redes sociais.
As conseqüências às vezes são dramáticas, mas o que fazer? Afinal, os programas de televisão, a mídia, a Internet… nada têm a ver com o peixe. A culpa é de quem? Das galinhas, alimentadas com excesso de hormônios, que vão estimular as gônadas de quem se alimenta delas, na fabricação precoce do sistema hormonal…

Da letra “h”

Certa letra do Alfabeto não tinha som
não tinha afeto…
Então, o “Cê” lhe fez chamego
lhe deu conchego e um nome
“Palatal Surdo” coisa e tal…
Desta união fricativa nasceu o machão
Chauvinista, que não chora
pra não dar na vista.