Um dos setores indispensáveis para a economia do país é a indústria. Por isso, amanhã, 25, os trabalhadores deste segmento são homenageados. O segmento é essencial para o desenvolvimento do país, e corresponde ao setor secundário econômico do Brasil, transformando matéria prima em produtos fundamentais para a vida humana.

No Rio Grande do Sul, o ramo é composto por diversos setores, como: o construtor, o alimentício, o moveleiro, o químico, o de máquinas e equipamentos, entre outros. Todos eles responsáveis por um grande número de empregos e resultados importantíssimos para a economia gaúcha.

Gera desenvolvimento

A presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), Marijane Paese, explica a importância de comemorar a data. “A indústria produz bens e serviços, gera emprego, renda e desenvolvimento social. É dia de valorizar empreendedores e trabalhadores deste importante setor econômico”, ressalta.

Ainda, comenta que, além de tudo, é uma data especial para aqueles que acreditam na geração de trabalho e de renda como a melhor política de desenvolvimento socioeconômico de uma cidade e de um país. “Celebramos, neste 25 de maio, um dos segmentos econômicos mais importantes do país e o principal de Bento Gonçalves”, considera.

Para permanecer sendo um segmento forte em Bento, o CIC-BG tem trabalhado com dois focos prioritários: a qualificação de mão de obra e o incentivo à inovação. “A capacitação de mão de obra especializada, por meio do projeto ‘Qualifica Bento’, tem ajudado as indústrias a vencer o gargalo da falta de profissionais qualificados”, explica a presidente. Ela salienta que qualquer atividade depende de recursos humanos, por mais avanços tecnológicos que existam. “Ainda há um desafio que é de inovar. A inovação é o diferencial que pode assegurar a competitividade das empresas no mercado”, analisa.

Geração de renda e receita


Já a presidente do Sindmóveis, Gisele Dalla Costa, explica sobre como o setor moveleiro influencia na cidade. “Ele gera receita, renda, empregos e impostos de modo expressivo. Temos convicção de que o segmento colabora para colocar o município e a região em evidência, afinal, o polo de Bento é o maior do Brasil, representando uma potência na fabricação de mobiliários – especialmente planejados”, enfatiza.
Segundo ela, existem, atualmente, cerca de 6.600 pessoas empregadas no setor moveleiro do polo e, ressalta que mesmo em meio à pandemia, o segmento crescia. “Se voltarmos ao período de pandemia, em meio a uma crise econômica, com fechamento de empresas e o comércio atuando com muitas restrições, o setor moveleiro de Bento Gonçalves cresceu, gerou empregos e renda”, considera.
Visando o futuro, Gisele revela que suas perspectivas a médio e longo prazo são favoráveis. “É um segmento que se sai melhor inserido num contexto de economia em crescimento. É importante que o Brasil mantenha um crescimento elevado, que o PIB evolua, a inflação seja controlada, os juros se tornem competitivos e que a reforma tributária não onere mais as empresas e a população, retirando recursos importantes do consumo”, relata.

Questão econômica

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul, (Movergs), Euclides Loghi, acredita que é possível um crescimento nominal na ordem 1% a 2% no setor moveleiro para o ano de 2023, mas que existem muitas variáveis que influenciam as perspectivas de crescimento. “O baixo crescimento do PIB do país, altas taxas de juros, a possibilidade de retomada do desemprego, o controle da inflação, além da reforma tributária que está sendo negociada no Congresso Nacional”, comenta Loghi.

Ele também explica, que segundo o IBGE, no mercado interno, o volume de vendas no comércio varejista de móveis caiu 6,2% no primeiro trimestre de 2023. Mas que também, a receita nominal no comércio varejista cresceu 3,7%. Já a produção física, neste mesmo período, cresceu 4,1%. “Pode indicar uma reação do setor ou recomposição de estoques”, explica.
Já as exportações externas brasileiras baixaram 15% e as gaúchas 20%. Mas ele logo explica que isso se dá por conta dos outros países. “Muitos dos principais países compradores dos nossos móveis reduziram suas compras de modo expressivo, como é o caso dos Estados Unidos, que teve problemas econômicos em 2022 e por estratégia está importando menos”. Mas que, a partir do segundo semestre, é possível que voltem a crescer. E finaliza trazendo que o setor moveleiro é sólido e representativo, um grande gerador de empregos, de renda e de fonte de arrecadação de impostos.

O Dia da Indústria é uma data especial para todos aqueles que acreditam na geração de trabalho e de renda como a melhor política de desenvolvimento socioeconômico de uma cidade, de um Estado e de uma nação

Marijane Paese
Presidente do CIC-BG