Segundo Ministério, processo ocorrerá após autorização da Anvisa

A definição de quais públicos serão priorizados na vacinação contra a covid-19 será feita após a conclusão dos testes pelos laboratórios e institutos que estão conduzindo diferentes pesquisas para desenvolver o tratamento. A afirmação foi feita pelo Ministério da Saúde em entrevista coletiva realizada na quinta-feira, 19 de novembro, em Brasília.

Representantes da pasta apresentaram o que há até o momento de planejamento para a imunização contra a covid-19. O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, disse que ainda será preciso delimitar como serão destinadas as doses a partir de mais informações sobre vacinas. Também será preciso aguardar a confirmação de registro juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Para definição dos grupos prioritários há necessidade premente que estudos de fase III das vacinas estejam concluídos, porque só assim teremos certeza de quais grupos prioritários terão melhor alcance”, declarou.

Critérios para aquisição

Nesta semana a equipe do Ministério da Saúde se reuniu com representantes de laboratórios da Pfizer, da farmacêutica estadunidense Moderna, do consórcio russo responsável pela Sputinik V e da empresa Janssen (braço da Johnson e Johnson). Amanhã está prevista reunião com a equipe da Covaxin, da Índia.

Segundo o secretário-executivo Élcio Franco, devem ser assinados protocolos de intenção não vinculantes e um acordo de aquisição só poderá ser feito após o registro do tratamento juntamente à Anvisa.

Instabilidade nos sistemas

Os gestores do Ministério da Saúde foram perguntados sobre a alta nos casos registradas em estados e sobre uma possibilidade de segunda onda da doença no país. Mas responderam que não seria possível uma análise pelo fato do sistema de informática da pasta ter sofrido um ataque hacker. “Devido à instabilidade no sistema, não temos base de dados consistente para fazer afirmação se realmente houve ou não acréscimo na quantidade de casos, de internações e de óbitos. O Ministério dispõe de uma estrutura de políticas de saúde para atender às demandas dos municípios, repasses para habilitação de leitos e outras ações que poderão ser demandas ao ministério”, comentou Élcio Franco.

O secretário de Vigilância em Saúde disse que a ausência de boletins epidemiológicos sobre a covid-19 nas últimas semanas foi devido ao ataque hacker promovido sobre o sistema de informática. Mas afirmou que em breve a situação deverá ser normalizada.

Fonte: Agência Brasil