Entre idas e vindas, congelamentos e descongelamentos de verbas, as Universidades e Institutos Federais tentam manter-se. No Brasil, atualmente, contamos com aproximadamente 70 universidades e mais 38 institutos federais.

O primeiro grande impacto aconteceu em junho deste ano, quando foi anunciado o primeiro bloqueio de 14,5% do Orçamento da Educação, posteriormente este número diminuiu para 7,2%, porém, o que era um bloqueio, se tornou um corte – primeiro corte no MEC, no valor de R$1,6 bilhões, destes foram retirados R$438 milhões das universidades e institutos federais.

Alguns meses depois, em outubro, quando o governo anunciou um bloqueio de R$2,6 bilhões nos ministérios, R$1 bilhão recaiu sobre a educação e posteriormente, após o ministério realocar as verbas, o novo bloqueio passou a ser de R$328,5 milhões.

Nas últimas semanas, em novembro, um novo congelamento foi anunciado, um total de R$366 milhões , sendo R$244 milhões das universidades federais e R$122 milhões dos institutos. Uma ponta de esperança ressurgiu, quando a notícia do descongelamento chegou, porém, horas depois, esta notícia caiu por terra e o congelamento foi ainda maior.

Cláudio Alex, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif), afirma que “as contas de dezembro não vão ser pagas. É uma bagunça total: em um mesmo dia, devolveram nossos recursos, depois disseram que não há dinheiro e deram uma ‘mordida’ maior”.

Nos últimos dias, diversas universidades e institutos lançaram notas que expõem suas situações, as mesmas afirmam que é inviável a realização dos pagamentos do mês de dezembro. Nestes pagamento estão: bolsas de ensino, pesquisa e extensão, auxílio estudantil, contratos do Restaurante Universitário, da segurança, de manutenção, de limpeza e todas as demais despesas previstas para o mês, incluindo projetos de pesquisadores.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), também se manifestou e afirmou que com o bloqueio cerca de 200 mil bolsas ficarão sem pagamento. Em comunicado, a entidade afirmou que a medida “asfixia” o órgão.