Na manhã de terça-feira, 8 de novembro, os conselheiros do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), juntamente com secretários do município se reuniram para debater sobre a expasão da Todeschini. Depois que a empresa fez suas considerações sobre as regularidades nas mudanças, representantes do órgão questionaram a falta de diálogo da Secretaria de Meio Ambiente (SMMAM) com o Conselho no momento em que houve o aval concedido para a instituição.

Gilnei Rigotto, secretário geral da Associação Ativista Ecológica (Aaeco) e conselheiro do Comdema salienta que não houve notificação sobre a decisão que foi tomada pela Secretaria. “Em 2014 houve audiência pública sobre a expansão da empresa, inclusive os parabenizamos por terem feito tudo corretamente. Só que para nossa surpresa passararam-se dois anos e a repartição acabou internamente tomando decisões sem avisar e pedir opinião do conselho, que é deliberativo e consultivo”, comenta Rigotto.

O presidente da Aaeco observa ainda que houve um desrespeito por parte da Secretaria. “Eles não respeitaram o mínimo sobre o que rege o regimento interno do Conselho e além disso, temos provas documentais na Fepam de que em Garibaldi, no mesmo processo, foram ouvidos os conselheiros, coisa que aqui não aconteceu. Está na ata deles, tudo documentado de que eles puderam participar das decisões”, critica dizendo que se há falhas no Poder Público é dever do Comdema corrigi-las.
Bárbara Zanatta, secretária de Meio Ambiente, assegura que no momento em que houve a necessidade da Secretaria se posicionar, jamais se manteria contrario ou distante do Conselho. “Foi necessário assumirmos posições quando se fez necessária a medida de compensação em uma reunião conjunta da Todeschini e da Fepam e como tudo ocorreu de forma muito rápida, não se fez necessário o chamado para todas as unidades. Seria então escolhida a área e o tamanho necessário para concessão ambiental e o prazo que nós teríamos para concorrer e poder posteriormente utilizar o local que havia sido decidido e tudo foi feito de última hora”, defende Bárbara.

Em 2014, foi aprovado por unanimidade a expansão da Toddeschini pelos Conselheiros, mas Rigotto garante que irá se reunir com o prefeito Guilherme Pasin para expor irregularidades. “Vou levar até ele essa problemática. Não podemos deixar passar essa falha. Se existe o Comdema é por que precisamos ser ouvidos”, garante o presidente da Aaeco.

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