Pelo menos 19.129 novos casos de hanseníase foram confirmados entre janeiro e novembro do ano passado em todo o Brasil. Os dados, que são do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, são preliminares, mas já apontam alta de pelo menos 5% em relação ao que foi registrado no mesmo período de 2022.

O estado que lidera em número de novos casos é o de Mato Grosso. No período analisado, entre janeiro e novembro de 2023, foram 3.927 pessoas foram diagnosticadas com a doença, quase 1,7 mil a mais do que os 2.229 diagnósticos registrados entre janeiro e novembro de 2022.

Depois do Mato Grosso, como estados com as maiores taxas de detecção de hanseníase, aparecem Maranhão, Pernambuco, Bahia e Pará.

A hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo e é provocada por uma bactéria. Popularmente chamada de lepra, ela tem tratamento e cura, mas pode deixar sequelas irreversíveis quando demora para ser diagnosticada, como deformações e perda de sensibilidade. O SUS oferece tratamento para a doença.

Assim que começa a tomar os remédios, o paciente já deixa de transmitir a bactéria e não precisa ficar isolado. A hanseníase passa de uma pessoa para a outra por gotículas da saliva ou secreções do nariz.

Embora os sintomas se manifestem principalmente na pele, tocar nas lesões não transmite a doença. Alguns dos sinais são manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e perda de sensibilidade.

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