Em Bento Gonçalves, no quinto mês do ano foram contabilizados 243 novos trabalhadores. Resultado é a soma de admissões e desligamentos neste período

O Brasil registrou, no mês de maio, saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada. Enquanto isso, em Bento Gonçalves, o registro também foi favorável, com 243 novos trabalhadores. Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados na quinta-feira, 29 de junho.

Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o resultado ficou abaixo da expectativa, que era de 180 mil empregos, por causa da política de juros altos praticada pelo Banco Central. “O que frustrou um número ainda melhor – o valor é positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é desprezível de saldo positivo para o mês de maio – porém as nossas previsões eram para números ainda maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva a esse processo. É exatamente ausência de crédito e, portanto, a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados”, avaliou.

O ministro responsabilizou as autoridades monetárias não só pelo resultado abaixo do esperado como por sacrificar as contas do país. “Eu responsabilizo as autoridades, que teriam de ter já iniciado um processo de redução dos juros do país. Os juros praticados, portanto, não se justificam. Na medida que você sacrifica, não somente empregos, está sacrificando as contas também, porque significa que a União tem de pagar mais juros. Ou seja, nós estamos queimando oportunidades de geração de emprego, queimando oportunidades de ter as contas mais saudáveis”, realçou Marinho.

Em Bento

Na Capital Nacional do Vinho, no quinto mês do ano foram 2.145 admissões em comparação a 1.902 desligamentos, deixando um saldo positivo de 243. No setor da agropecuária, nenhuma pessoa foi admitida e dois foram desligados, deixando um saldo de -2; no comércio, 430 foram contratados e 393 desligados; no segmento de construção, 136 ficaram sem trabalho e 160 foram empregados; a indústria se destacou com a admissão de 812 pessoas, entretanto, 767 foram dispensados; por fim, na área de serviços, foram 743 contratações e 604 desligamentos.

Panorama no estado

A nível estadual, o saldo foi de -2.511, com 119.159 admissões e 121.670 desligamentos. No Rio Grande do Sul, no setor da indústria foram 29.470 baixas contra 28.936 admissões; nos serviços, foram 47.122 contratações e 44.223 desligamentos; na construção aconteceram 8.602 desligamentos e 7.916 admissões; na agropecuária, foram 7.930 pessoas desligadas de suas funções, enquanto 4.113 foram contratadas, deixando um saldo negativo no setor. Já no comércio, foram admitidos 31.072 colaboradores e demitidos 31.445.

Dados no Brasil

No Brasil, o saldo ficou em 155.270, sendo 2.000.202 admissões e 1.844.932 desligamentos. Em todo o território nacional, o segmento de serviços admitiu 907.627 pessoas e dispensou 823.712 funcionários. A indústria teve 297.526 saídas e 305.955 entradas; a construção teve 208.231 admissões contra 180.273 demissões; o comércio admitiu 449.993 e dispensou 434.581. Por fim, a agropecuária gerou 128.396 empregos, enquanto dispensou 108.837.

Se tratando de estados, o saldo positivo foi registrado em 23 dos 27 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, com 50 mil empregos criados, seguido de Minas Gerais (26 mil), e Espírito Santo (13 mil). As maiores perdas foram registradas em Alagoas, com saldo negativo de 8 mil empregos, e Rio Grande do Sul, menos 2,5 mil.