Ainda falta um longo caminho para que a situação da covid-19 esteja controlada no Brasil. No entanto, a vacinação segue avançando e, nesta sexta-feira, 16, alcançou a marca de 20% da população vacinável completamente imunizada. Iniciada em janeiro, a vacinação chega na metade do ano a passos lentos, seja pela falta de imunizantes ou por um novo problema: a escolha de qual vacina o cidadão irá tomar, fator que pode ser determinante para ampliar ou não o rol de imunizados no país.

Nesta sexta-feira, 16, mais de 32,6 milhões de brasileiros já haviam sido imunizados contra a covid-19, seja pelas duas doses das vacinas ou em dose única, o que representa 20,27% da população com mais de 18 anos. Já o número de imunizados com, pelo menos, uma dose, chega a 87 milhões de pessoas, ou seja, 54,10%.

Entre os desafios encontrados pelas equipes de vacinação em todo o país está a desmistificação da eficácia das vacinas. Seja pela disseminação de notícias falsas ou também por alguns posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro, principalmente quando se trata da vacina do Instituto Butantan, a coronavac, na qual, testes e pesquisas comprovam sua alta eficácia, assim como as demais vacinas da AstraZeneca, Pfizer e Janssen, derrubando por terra qualquer informação dada que vá contra o que a ciência divulga.

Veja quais são as taxas de eficácia de cada vacina contra a covid-19

Pfizer – A farmacêutica Pfizer, parceira da BioNtech, na última atualização dos resultados da vacina afirmou que a sua eficácia é de 95%, ao contrário dos 90% que apresentou anteriormente. Esta foi a primeira vacina a ser aprovada e a divulgar os seus resultados.

AstraZeneca – A vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e de Oxford mostrou uma eficácia de 82,4% com um intervalo de três meses entre as duas doses, de acordo com um estudo que reforça a decisão do Reino Unido de espaçar mais o intervalo entre as duas doses, para vacinar o maior número de pessoas numa primeira fase. O fármaco também pode reduzir significativamente a transmissão do vírus, de acordo com a análise dos dados dos ensaios realizados pela Universidade de Oxford, que desenvolveu a vacina em conjunto com a empresa farmacêutica britânica. As amostras retiradas dos voluntários no ensaio mostraram uma redução de 67% na transmissão após a primeira dose, mostrou o relatório. A vacina também mostrou 76% de proteção após a primeira de duas tomas, de acordo com os novos dados. Este nível de imunidade foi alcançado após um período inicial de 22 dias a partir da primeira dose.

Jansenn – A vacina de uma só dose da empresa norte-americana Johnson & Johnson (J&J) gerou uma forte proteção contra a covid-19. No ensaio com mais de 44 mil pessoas, a vacina evitou 66% dos casos moderados a graves de covid-19. Além disso, foi particularmente eficaz na prevenção de doenças graves, prevenindo 85% das infecções graves e 100% das hospitalizações e mortes.

CoronaVac – A CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem eficácia geral de 50,38%. Esse percentual, segundo o governo, se refere aos estudos feitos no Brasil, que foram realizados com profissionais da área da saúde, mais expostos ao vírus. Já o resultado de eficácia dos casos leves, em pacientes que precisaram receber alguma assistência médica, foi de 77,96%, sendo que sete pessoas haviam recebido a vacina, e outras 31, placebo. A vacina é armazenada em temperatura de geladeira, entre 2ºC e 8ºC.

Conforme o Ministério da Saúde, os dados de imunização foram atualizados em 24 estados e no Distrito Federal. Somente na quinta-feira, 15, o país aplicou mais de 1,2 milhão de doses das vacinas.