Seja em casa, durante viagens, na praia, na piscina ou durante a queima de fogos de artifício, eles precisam de atenção para manterem a saúde e o bem-estar nos dias mais quentes e festivos

Protetor solar, roupas leves, bonés e água gelada. No verão, que começa oficialmente hoje, 21 de dezembro, às 18h48, o ser humano usa diversas táticas para se proteger dos prejuízos do calor e do sol, além de buscar o próprio bem-estar, se refrescando nos dias mais quentes. Com os pets, os cuidados não são diferentes. Pelo contrário, eles precisam de uma atenção especial.

A mestra em Ciências da Saúde pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e médica veterinária, Caroline Nesello, destaca que no verão os principais cuidados que se deve tomar com relação aos animais estão relacionados ao sol e ao calor. “Não deixar seu pet exposto por muito tempo ao sol, pois eles também podem tem insolação e acabam se queimando, nas orelhas e plano nasal (região próxima ao focinho). Por isso é importante uso de protetor solar específico para pets, sombra e água fresca”, recomenda.

A médica veterinária especializada em Clínica Geral do Instituto Hospitalar Veterinário da UCS também destaca que há momentos ideais para os pets passearem. “Horários mais frescos do dia, pelo fato de poderem queimar os coxins (embaixo das patas) e também a região de orelhas e plano nasal”, reitera.

Em casa, muitas vezes o animal pode parecer desconfortável quando as temperaturas estão altas. Para isso, existem algumas soluções. “Pode-se adquirir tapetes térmicos que refrescam o pet, além de oferecer água com pedras de gelo e até mesmo picolés naturais, congelando água e frutas permitidas para pet ou água e sachê, e até mesmo a própria ração com água”, sugere.

Fim do ano também é momento de viajar. Quando os donos não podem levar o pet, surge a dúvida sobre deixá-lo com alguém fora de casa ou deixar alguém cuidando dele dentro de um ambiente já conhecido. “Essa decisão é muito individual. Minha sugestão é: se o pet já está acostumado com outras pessoas e animais e fica confortável nessa situação, o hotel para pets sim seria uma boa opção. No entanto, alguns animais são mais reservados, não foram acostumados com essa interação e socialização. Neste caso, a indicação seria manter ele no seu ambiente, para deixá-lo mais confortável nesse período. Em relação aos gatos, o ideal é sempre manter eles no seu ambiente, pois eles se sentem mais seguros na sua casa e são extremamente suscetíveis ao estresse, principalmente quando se relaciona à mudança de rotina”, frisa.

A respeito das idas à praia e piscina, alguns cuidados são necessários para os animais entrarem na água. “É possível em locais onde é permitido, desde que o pet aceite essa condição, não forçar ele entrar na água e respeitar o seu tempo. Deve-se cuidar para não entrar água nos ouvidos, ou após, secar para evitar otite (inflamação do condutor auditivo)”, orienta Caroline.

Festas e fogos de artifício

No período de festas, quando há bastante movimento de pessoas no espaço em que o pet fica, mais cuidados são necessários para que ele não consuma alimentos que façam mal. Conforme a veterinária, é importante conversar com os convidados e explicar o porquê não é possível dar alimentos diferentes aos pets. “Muitos podem desenvolver até mesmo gastroenterites com sinais de vômitos, diarreia, inapetência e outros são sensíveis a determinados alimentos. Expliquem que eles podem passar mal se algo for oferecido sem seu consentimento”, sugere.

Em relação aos fogos de artifício, para os pets que têm medo, os donos podem tentar amenizar o problema. “Nessas situações pode-se fazer uso de feromônios comerciais específicos para cada espécie, além de deixar o pet em um local com um isolamento acústico melhor. Evitar deixar em locais que contenham objetos que ele possa se machucar. Também existe a possibilidade de utilizar medicamentos que tenham efeito tranquilizante, converse com seu veterinário. Cada caso deve ser avaliado”, frisa.

Para Caroline, além de prejudicar a audição, os fogos são perigosos porque podem atingir os pets com faíscas. “Eles também podem acabar sendo feridos e, inclusive, acharem que é um brinquedo e pegarem com a boca esse tipo de objeto. Sempre prender o animal em um local seguro quando optarem por utilizar esses artefatos, sugiro inclusive adquirir os fogos de artifício silenciosos, que hoje, já são produzidos”, finaliza.