Documento afirma que óbito não foi provocado por erro médico

Após especulações sobre a causa da morte da pedagoga Malu Luísa Martins, de 26 anos, que acabaram gerando debates nas redes social e na comunidade, familiares da jovem decidiram esclarecer publicamente os fatos, divulgando uma nota oficial na manhã desta quinta-feira, 9 de maio. Contrariando informações anteriores, publicadas em veículos de comunicação locais, os familiares afirmaram que o óbito de Malu não foi causado por erro médico, mas sim por uma fatalidade.

Segundo relatos dos parentes, a jovem começou a sentir dores no peito e falta de ar na noite de 28 de abril. No dia seguinte, dirigiu-se à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Botafogo, devido à persistência dos sintomas. Embora os sinais vitais estivessem normais, Malu foi submetida a uma série de exames que não apontaram anomalias graves, recebendo o diagnóstico de crise de ansiedade.

Na quinta-feira, 2 de maio, a pedagoga retornou à UPA devido à persistência dos sintomas. Novamente, seus sinais vitais estavam dentro da normalidade, mas um exame enzimático revelou alterações indicativas de um possível infarto ou trombose. O médico tentou transferi-la para um hospital da região, porém, devido às fortes chuvas e bloqueios nas estradas locais, o transporte não foi viável.

Finalmente, Malu foi encaminhada ao Hospital Tacchini, por volta das 17h, onde os profissionais de saúde enfrentaram desafios devido a um aparelho de cateterismo danificado. Segundo a instituição de saúde, o aparelho apresentou defeito em decorrência das chuvas. No entanto, ele não seria utilizado no tratamento da paciente. Apesar dos esforços da equipe médica, Malu sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito às 18h52min.

Ainda, no documento oficial, a família da jovem expressou gratidão pela dedicação e carinho dos profissionais de saúde que a atenderam e destacou o compromisso da pedagoga com sua profissão e com a ajuda às vítimas das enchentes no estado. “Malu era uma profissional dedicada, apaixonada pelo ofício e dona de um coração enorme. Dedicou sua vida adulta ao magistério, amava as crianças, e até o último minuto de quinta-feira, falava em ficar bem para poder ajudar as pessoas afetadas pelas enchentes no estado. Atualmente estava trabalhando na administração da empresa da família”, finaliza a nota.

Confira a nota oficial da família

A família da pedagoga Malu Luísa Martins, de 26 anos, vem a público esclarecer como aconteceu sua morte, ressaltando que o ocorrido foi uma fatalidade, não causado por erros em atendimentos realizados na UPA ou no Hospital Tachini, como anteriormente noticiado em um portal de Notícias de Bento Gonçalves.

Os familiares também agradecem por toda a dedicação e carinho dos diversos profissionais da saúde que a atenderam, os quais fizeram todo o possível por preservar a vida da Malu, assim como estão dedicando suas forças para atender as vítimas das enchentes.

Malu começou a sentir dores no peito e falta de ar na noite de 28 de abril. No dia 29, foi até a UPA. Na avaliação da triagem, apresentou sinais vitais normais. Devido à dor e à possibilidade de um problema mais grave, foi encaminhada com prioridade para o atendimento, sendo submetida a exames como eletrocardiograma e raio-x do tórax, todos apresentando normalidades. Ela recebeu, então, um diagnóstico de crise de ansiedade.

Na quinta-feira, 2 de maio, Malu foi à UPA novamente, às 8h. Na triagem, mais uma vez, seus sinais vitais apresentaram normalidade. Entretanto, por conta do quadro anterior, ela foi encaminhada para mais exames. Dessa vez, o exame enzimático apresentou alteração, com indicativo de infarto ou possível trombose.

O médico da unidade tentou uma transferência para um hospital da região, mas, em decorrência das fortes chuvas e rodovias locais bloqueadas, o transporte não foi possível. Às 17h, Malu foi encaminhada para o Hospital Tacchini, que estava com o aparelho de cateterismo queimado. O quadro da pedagoga se agravou, apesar das inúmeras tentativas dos profissionais de saúde, e ela morreu às 18h52, após uma parada cardiorrespiratória.

Malu era uma profissional dedicada, apaixonada pelo ofício e dona de um coração enorme. Dedicou sua vida adulta ao magistério, amava as crianças, e até o último minuto de quinta-feira, falava em ficar bem para poder ajudar as pessoas afetadas pelas enchentes no estado. Atualmente estava trabalhando na administração da empresa da família.

Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução