As primeiras casas comerciais eram tudo: armazém, correio e até banco.

No inicio, o intercambio comercial se resumia à troca de cereais por artigos de necessidades ou por animais, dada a escassez de moeda e as dificuldades de transportar os produtos. Depois começaram a surgir os carroceiros, balseiros ou simplesmente tropeiros e mascates que foram os primeiros elos entre as colônias e delas com os mercados maiores.

Puxadas por bois, mulas ou cavalos, as carroças ou carretas foram por muito tempo o único meio de transporte para cargas pesadas pelos caminhos difíceis da Serra. Os balseiros operavam no rio das Antas, principalmente, transportando madeira, um dos bons negócios com o crescimento dos núcleos urbanos na região alemã e em Porto Alegre. Os mascates percorriam as Linhas a cavalo levando cachaça, charque, tecido, fumo, café, açúcar, perfumes e outras novidades às terras mais isoladas, muitas vezes em troca pela produção caseira. Sem condições de estocar seus produtos e com dificuldade para transportá-los até os centros de consumo, os imigrantes entregavam os excedentes aos estabelecimentos de comércio que se instalavam em pontos estratégicos, como a Colônia do Cai, de onde as mercadorias podiam seguir pelo rio até Porto Alegre.

As casas de negócios, por exemplo, estavam localizadas num amplo espaço, geralmente em prédios as margens de caminhos muito frequentados. Uma grande variedade de produtos fazia do estabelecimento parada obrigatória para os tropeiros da Serra. Era um centro de trocas desempenhando o papel de correios, recebendo e enviando correspondência entre as colônias e até emprestando dinheiro aos colonos.

Em alguns casos, os colonos deixavam com o comerciante o dinheiro das vendas e ele administrava essas pequenas poupanças, pagando juros mínimos e garantindo o capital de giro para a expansão de seus negócios.

Assim, em muitos lugares foram surgindo pequenos núcleos e deles as pequenas e grandes cidades.