Não é à toa que Bento Gonçalves é conhecida nacionalmente como a Capital do Vinho. Toda cultura do município, entre outros setores da comunidade, está diretamente relacionada ao produto. Mas o que pouca gente sabe é que ele também teve um papel importante na história religiosa da Linha 6 da Leopoldina. A Igreja das Neves, construída no local, encanta os visitantes que passam pela região, mas o templo também revela uma curiosidade peculiar: para a sua construção, foi utilizado vinho ao invés da água na hora de preparar a argamassa.

Remy Valduga, 74 anos, morador da comunidade e autor do livro “O Sonho do Imigrante”, lembra com detalhes desta história, já que seu avô, Luigi Valduga, foi quem sugeriu utilizar o vinho. O relato de Remi começa ainda na Itália, com seu bisavô, Marco Valduga.

Antes de partir, Marco recebeu de seu irmão, que era escultor, uma imagem de uma santa, inspirada em um desenho que o artista viu na neve (daí o nome da igreja). “Na metade da viagem, um temporal quase naufragou o navio. Então Marco tirou a santa da sua bagagem e logo a chuva parou. Depois de se instalar no Brasil, ele morreu de uma forte epidemia de tifo e, como último desejo, pediu que seu filho Luigi construísse o templo”, diz Remy.

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