Ao longo dos anos, a enfermagem tem evoluído muito, permitindo aos profissionais se especializarem em áreas específicas, capacitando-os para atuar em diferentes frentes. Quem ganha com isso é o paciente, que passa a ter ao seu lado profissionais cada vez mais qualificados. No Centro Obstétrico (C.O) do Hospital Tacchini, há uma equipe de profissionais que presta assistência humanizada às gestantes através da adoção das Boas Práticas de Assistência ao Parto.
O que poucos sabem, é que essas profissionais tem qualificações e habilidades que lhes permitem realizar juntamente com o médico o pré-natal de pacientes de alto risco. “Ao longo dos anos, buscamos qualificações e assim como os médicos obstetras, temos condições de avaliar eventuais riscos e complicações que possam surgir durante a gravidez. Na verdade quem faz o parto não são os profissionais e sim a mulher, nós apenas assistimos”, comenta a Enfermeira pós-graduanda em obstetrícia, Kellen Deolindo, uma das profissionais que atua no C.O do Hospital Tacchini.
Com mais de 20 anos de dedicação à obstetrícia, a Enfermeira Ângela Callegari Boeira lembra que o trabalho desenvolvido pelas enfermeiras obstétricas vai além da gestação. “Prestamos total assistência durante o trabalho de parto, bem como nos primeiros dias de vida do bebê, buscando estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida, fortalecendo o vínculo do binômio mãe-bebê”, o apoio nesse momento é fundamental. Ela ressalta que com a adesão ao projeto ‘Parto Adequado’, o Hospital Tacchini passou a buscar enfermeiras obstétricas para fazer parte da equipe multiprofissional de assistência ao parto.
Para a enfermeira obstétrica, Gabriela Valiati, o trabalho envolve muito mais que assistência à mamãe e bebê. “Procuramos dar o conforto e o empoderamento necessário às mulheres, colocando-as em evidência, onde todas sejam as protagonistas neste momento de suas vidas. Assim, além do pré-natal, procuramos aplicar medidas não farmacológicas para o alívio da dor no momento do trabalho de parto e parto, prestamos atendimento ao recém-nascido e auxiliamos na fase inicial da amamentação, sempre respeitando suas próprias vontades”, explica.
Além das enfermeiras obstétricas Ângela Callegari Boeira, Gabriela Valiati, e Raquel Vicente Dalla Corte, as enfermeiras Kellen Deolindo, Katia Dachery e Stefani Burnier Facchin são pós-graduandas em Obstetrícia, buscando conhecimento para melhor atender as pacientes que buscam o Centro Obstétrico do Hospital Tacchini. A equipe multiprofissional do CO conta ainda com técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudióloga e médicos obstetras, pediatras e anestesistas.
A inserção de especialistas em enfermagem obstétrica no atendimento ao parto e nascimento faz parte das políticas públicas de saúde da mulher. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza uma assistência ao parto menos intervencionista e mais humanizada e sugere aos países ter, no mínimo, uma profissional qualificada para cada 125 nascimentos ao ano. Levando em conta essa estimativa, o Brasil deveria possuir ao menos 23 mil Enfermeiras Obstetras. A Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO) estima que deve haver, no máximo, 10 mil no país. Não há, porém, nenhuma pesquisa que confirme esse dado e nem que aponte qual é o percentual de profissionais que atua na área da assistência obstétrica.
De acordo com a CONITEC (2016), um modelo de assistência manejado por enfermeiras obstétricas pode ser custo-efetivo tendo em vista a redução de intervenções obstétricas, utilização mais racional dos recursos humanos disponíveis e maior satisfação das mulheres atendidas.
Fonte e foto: Ascom Tacchini