A região da Serra Gaúcha é conhecida por sua beleza cênica e por abrigar importantes polos turísticos e industriais. No entanto, por trás desse cenário idílico, reside uma realidade preocupante: a falta de duplicação nas rodovias que cortam os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha e Carlos Barbosa, entre outros, tem gerado dificuldades e prejuízos econômicos significativos para a região.
A concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) assumiu a operação das rodovias estaduais entre a Serra Gaúcha e o Vale do Caí com a promessa de investimentos robustos para melhorar a infraestrutura viária da região. Estima-se que pelo menos R$ 220 milhões sejam destinados a esses investimentos até o início de 2025, abrangendo trechos das ERS 122, 446 e 240, além das RSC 453 e 287 e a BR-470.
No entanto, apesar das promessas e dos recursos destinados, as obras de duplicação ainda são uma realidade distante para os moradores e empresários da região. A expectativa de ver esses projetos saírem do papel só se tornará concreta em 2024, quando as obras de duplicação de três trechos cruciais das rodovias finalmente terão início.
O primeiro desses trechos é a ERS-122, que atravessa a cidade de Caxias do Sul e é essencial para o escoamento da produção industrial da região. Em seguida, a RSC-453, que liga Farroupilha a Bento Gonçalves, uma rota frequentemente congestionada, principalmente durante a alta temporada turística. Por fim, a ERS-240, no trecho urbano de Montenegro, onde o tráfego intenso e a falta de infraestrutura adequada têm sido fonte de constantes transtornos para os motoristas.
As obras, que estão programadas para começar em novembro de 2024, serão realizadas de forma concomitante e têm prazo para serem finalizadas até o início de 2026, de acordo com o contrato da concessionária. No entanto, até que essas melhorias sejam concluídas, os desafios e os prejuízos econômicos causados pela falta de duplicação nas rodovias da Serra Gaúcha continuarão a impactar negativamente a região, comprometendo não apenas a mobilidade, mas também o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida dos seus habitantes.
A urgência em ver as obras de duplicação das rodovias da Serra Gaúcha saindo do papel não pode ser subestimada. Além de melhorar significativamente a segurança viária e reduzir o tempo de deslocamento dos cidadãos, essas obras têm o potencial de impulsionar a economia local. Com estradas mais seguras e eficientes, o transporte de mercadorias será facilitado, promovendo o desenvolvimento do setor industrial e agrícola da região. Além disso, a construção das rodovias irá gerar empregos diretos e indiretos, injetando recursos na economia e contribuindo para o aumento da renda e da qualidade de vida da população.