Desde 2002, o Programa do Tesouro Nacional, desenvolvido em parceria com a B3, vende títulos públicos
Cada vez menos especialistas em finanças estão recomendando a aplicação de dinheiro na caderneta de poupança, isto porque a rentabilidade não é das melhores. Uma das opções de investimento de baixo risco, que tem liquidez diária, ou seja, o valor pode ser resgatado em qualquer momento, é o Tesouro Direto.
De acordo com a empresária e consultora financeira, Carine Barbosa Peccin, o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais. Nesta modalidade, que existe desde janeiro de 2002, são vendidos títulos públicos para pessoas físicas pela internet.
A consultora explica que é uma aplicação de renda fixa. “É um tipo de investimento em que você já conhece as condições sob as quais ele vai render”, salienta. Ela destaca também sobre a segurança da modalidade. “São os mais seguros do país, 100% garantidos pelo Tesouro Nacional”, assegura.
No Tesouro Direto, há formas diferentes de investir. Conforme Carine, são três tipos de título. “Prefixado são aqueles que têm taxa de juros fixa, ou seja, você já conhece no momento do investimento. É ideal para quem quer saber exatamente o valor que receberá ao final da aplicação”, sublinha.
O segundo é o Tesouro Selic. “São títulos pós-fixados que possuem rentabilidade atrelada à Taxa Selic. É ideal para quem quer começar a investir no Tesouro Direto. Também há o Tesouro IPCA, que tem a rentabilidade atrelada à inflação, medida pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, esses títulos oferecem rendimento igual à variação da inflação e mais uma taxa prefixada de juros”, esclarece.
Sobre qual a melhor categoria de títulos, entre os existentes, Carine destaca que não tem. “Existe o certo para cada tipo de pessoa. Ao iniciar os investimentos, faça um teste e descubra se você é um investidor conservador, que busca segurança ao investir; moderado, que preza pela segurança, mas está aberto a arriscar ou agressivo, que corre altos riscos, mas não tem medo de perder dinheiro”, recomenda.
Como fazer o investimento?
A consultora explica que é simples fazer a aplicação. “Pelo próprio site do Tesouro Direto você faz seu cadastro, sem custo algum, e já pode comprar títulos. Outra opção, são as plataformas que intermediam o investimento, com acompanhamento de um assessor especializado”, descreve.
Carine conta também que existe quantia mínima de investimento, que varia entre os tipos escolhidos. “Com um pouco mais de R$ 30 você já consegue comprar um título. No momento de resgate, haverá a taxa de Imposto de Renda (IR). Tendo aplicado no Tesouro Direto um valor superior a R$ 10 mil, terá uma taxa de 0,20% do saldo da aplicação”, finaliza.

Títulos públicos disponíveis
Títulos Prefixados
Você sabe exatamente a rentabilidade que irá receber na data de vencimento. Para cada unidade de título, o valor bruto a ser recebido no vencimento é de R$1.000,00.
Por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal. Isso significa que é necessário descontar a inflação para obter o rendimento real da aplicação.
Nessa modalidade, há dois títulos disponíveis:
• Tesouro Prefixado (LTN)
Títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra.
Forma de pagamento: no vencimento.
Com esse título, você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou de resgate.
• Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F)
Títulos com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra.
Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).
Esse título faz pagamento de juros a cada seis meses. Isso significa que você recebe o rendimento ao longo do período da aplicação.
Títulos Pós-Fixados:
O valor recebido na data de vencimento depende da taxa básica de juros (Selic) ou da inflação (IPCA). Assim, a rentabilidade da aplicação é composta por uma taxa predefinida no momento da compra do título mais a variação de uma dessas duas taxas (chamadas também de indexadores)
Nessa modalidade, há três títulos disponíveis:
• Tesouro Selic (LFT):
Títulos com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa Selic).
Forma de pagamento: no vencimento.
• Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B):
Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA mais os juros definidos no momento da compra.
Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).
• Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal):
Título com rentabilidade ligada à variação do IPCA mais os juros definidos no momento da compra. Não há pagamento de cupom de juros semestral.
Forma de Pagamento: no vencimento.
Esse título também oferece rentabilidade real, mas faz o pagamento de uma só vez, no final da aplicação.
Fonte: Tesouro Direto