Essa é a 2ª formação, tem duração total de 20h e participação de equipes diretivas de escolas, psicólogas e assistentes sociais da rede pública, além de uma conselheira tutelar

Na segunda-feira, 25, o auditório localizado no prédio do Ministério Público de Bento Gonçalves se tornou uma sala de aula para o curso de facilitadores da Justiça Restaurativa do Programa de Pacificação, que promove os Círculos de Paz. As aulas são promovidas pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com as Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social e do MP.

Essa é a 2ª formação e conta com as instrutoras Marlisete Alessi e Vanise Marconi, além de uma participação do promotor Élcio Resmini Meneses. O curso termina hoje, 27, na parte da manhã, com duração total de 20h e participação de equipes diretivas de escolas, psicólogas e assistentes sociais da rede pública e, também uma conselheira tutelar. Ao todo, são 25 pessoas em busca da formação.

Segundo a coordenadora da Central da Comunidade, Vanise, e a coordenadora da Central da Pacificação Restaurativa da Infância e Juventude, Marlisete, esses formadores vão poder atuar nos espaços de trabalho deles, escolas, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Isso vai fazer a diferença, porque na nossa ideia, com os Círculos de Construção de Paz e Práticas Restaurativas, a gente vai amenizando as dores dos grupos, ressaltando o respeito no coletivo, o fortalecimento de vínculos. É um trabalho bem completo e que, depois, vai se estender na sociedade”, salientam.

De acordo com as ministradoras do curso, os índices de violência diminuíram nas escolas e a quantidade de casos que chegaram até o Conselho Tutelar e até a promotoria também reduziram. “Já temos 25 formandas, e elas vão continuar com esse trabalho. Todas as escolas municipais de Bento têm facilitadora”, realçam.

Em nota, a secretária de Educação, Adriane Zorzi, destaca que o trabalho tem se mostrado eficaz ao longo do tempo que vem sendo aplicado. “É através da escuta e do diálogo que podemos melhorar as relações e os ambientes de convivência. A comunicação não violenta tem diminuído os efeitos dos conflitos e melhorado as relações entre profissionais, alunos e a comunidade escolar. Este feedback nos mostra a importância de oportunizar, sempre que possível, novos momentos de formação, ampliando o grupo de profissionais nesta rede de construção de paz”, conclui.

Foto: Thamires Bispo