O estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o uso facultativo de máscaras para quem se vacinou ou se recuperou da covid-19 deve ser finalizado em outubro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da pasta.
A medida em liberar o uso da máscara é vista por Bolsonaro como necessária, uma vez que, segundo ele, o número de pessoas vacinadas segue avançando e os índices de interações e óbitos apresentam quedas nas últimas semanas. No entanto, a vontade do presidente não deveria passar por cima do que dizem os especialistas na área da saúde, que ainda pedem cautela e aconselham a população a manter as medidas de distanciamento e higiene, uma vez que mesmo vacinados podem contrair o vírus, porém, de forma menos agressiva.
Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcos Cyrillo, a utilização da máscara diminui a propagação do vírus da covid-19 no ambiente, reduzindo assim a possibilidade de contaminação. “A máscara diminui a quantidade de vírus que você joga para o meio ambiente e diminui a quantidade de vírus que as pessoas ao seu redor – especialmente a menos de um metro”, afirma.
Desde junho passado, Bolsonaro vem pressionando o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga a liberar o uso facultativo das máscaras. Em diversas ocasiões, o presidente afirma, sem comprovação científica que a utilização do material seria necessária apenas em pessoas que estivessem contaminadas.
O estudo está sendo conduzido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde com execução da pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo.