Secretaria da Saúde (SMS), através do trabalho dos agentes de endemias do município, está visitando espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros. Além de realizar o fumacê nos bairros da cidade

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre amarela e outras doenças, é originário da África e foi disseminado de forma passiva pelo homem. Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.

Ao contrário do que muitos pensam, os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto.

Além de colocar os ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. O mosquito pode procurar criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.

O Aedes aegypti tem em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano.

Dengue em Bento

Em Bento Gonçalves, ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são diárias e têm sido feitas de forma intensa pela Secretaria da Saúde (SMS), através do trabalho dos agentes de endemias do município. Os profissionais realizam visitas em espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros.

Até o momento foram encontrados no município, 23 focos do mosquito somente neste ano e 43 ovitrampas positivas para Aedes aegypti (recolhidas entre as mais de 100 armadilhas espalhadas pela cidade). Elas são substituídas para análise toda semana. Foram confirmados ainda três casos autóctones.

Os principais bairros onde a infestação tem ocorrido de forma mais intensa são: Vila Nova, Barracão, Eucaliptos, Cohab, Progresso, Humaitá, Licorsul, Zatt Industrial e Salgado. Nesta segunda-feira, 13 de março, foi realizada o chamado fumacê, no bairro Zatt, com a aplicação em locais onde foram registrados casos de dengue, zika ou chikungunia. É um bloqueio vetorial, não sendo aplicado comumente nas ruas.

Para ajudar a localização de focos do mosquito em locais como terrenos baldios sujos ou depósitos de lixo em vias públicas, a SMS orienta uma ligação de denúncia para o número 0800-9796-866.

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias
  • Dores musculares intensas
  • Dor ao movimentar os olhos
  • Mal-estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas no corpo

Ao apresentar os sintomas, é muito importante procurar a Unidade de saúde mais próxima, para diagnóstico e tratamento adequados.

Confira as dicas para evitar o aparecimento do mosquito:

  • O lixo reciclável deve ser encaminhado para coleta de lixo em sacos bem fechados;
  • Garrafas devem ser guardadas de boca para baixo;
  • Tonéis de coleta de água da chuva devem permanecer muito bem tampados e vistoriados semanalmente para verificar presença de larvas;
  • Caixas de água de uso da casa devem permanecer hermeticamente fechadas;
  • Pneus devem ficar em áreas cobertas ou encaminhados para coleta. Piscinas devem ser tratadas durante todo ano;
  • Vasos de flores e floreiras devem ficar sem pratos;
  • Plantas cultivadas em água devem ser transferidas para terra;
  • Lajes de casas devem ter escoamento e ralos devem ter tampa protegida por tela anti mosquito ou plástico;
  • Onde a presença de mosquitos é constante deve-se usar repelentes de corpo e de tomada;
  • Se encontrar larvas, jogar na terra ou no chão seco;
  • Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina), e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de endemias para realizar o tratamento com larvicida.