Ópera em dois atos de Vagner Cunha com libreto de José Clemente Pozenato, que escreveu o romance homônimo, estreia em Porto Alegre em julho e depois segue em cartaz no mês de agosto 

Lançado em 1985, o livro O Quatrilho, de José Clemente Pozenato, tornou-se filme em 1995 sob a direção de Fábio Barreto. A exposição no cinema fez ainda mais conhecida a história dos dois casais de descendentes italianos que constroem suas vidas no interior do Rio Grande do Sul no inicio do século XX. Agora, um encontro fortuito entre o escritor José Clemente Pozenato, o compositor Vagner Cunha e a Bell’Anima Produções Artísticas permite a adaptação do livro para o formato de ópera.

O espetáculo faz sua estreia nacional em Porto Alegre, no Theatro São Pedro, com sessões nos dias 28 e 29 de julho. Em agosto, as récitas também acontecerão em Recanto Maestro (dia 3, no Auditório da Antonio Meneghetti Faculdade), Santa Cruz do Sul (dia 4, no Teatro do Colégio Mauá), Bagé (dia 9, no Museu Dom Diogo de Souza), Pelotas (dia 10, no Theatro Guarany), Passo Fundo (dia 12, no Teatro Notre Dame), Bento Gonçalves (dia 15, no Anfiteatro Ivo Antonio da Rold), Caxias do Sul (dia 18, no Teatro Murialdo) e Novo Hamburgo (dia 19, no Teatro Feevale). Os ingressos já estão à venda.

Para a apresentação em Bento Gonçalves, que ocorre no dia 15 de agosto, a partir das 20h30min, os ingressos estão sendo comercializados no valor de R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia entrada).

A ópera em dois atos de Vagner Cunha, com libreto de José Clemente Pozenato, garante uma leitura moderna e vivaz não só para a obra O Quatrilho, mas também para o gênero da ópera como um todo. Com a Camerata OntoArte, direção cênica de Luís Artur Nunes e regência do maestro Antonio Borges-Cunha, a montagem terá nos papéis principais Carla Maffioletti (soprano), como Teresa;  Maíra Lautert (soprano), como Pierina; Flávio Leite (tenor), no papel de Ângelo; e Daniel Germano (barítono), interpretando Mássimo. Também estarão em cena, a contralto Luciane Bottona, no papel de Tia Gema, o barítono Ricardo Barpp como Cósimo e o baixo Pedro Spohr como Rocco.

SINOPSE

O enredo de O Quatrilho baseia-se em fatos reais, retratando o cotidiano e a realidade dos imigrantes no Sul do Brasil no início no século XX, deixando claro o poder da mulher nas decisões de família também de negócios. A história acontece em 1910, numa comunidade rural de imigrantes italianos, no Sul do Brasil, quando dois casais se unem para  sobreviver e decidem morar na mesma casa. Com o tempo, a esposa de um passa a se interessar pelo marido da outra, sendo correspondida.  Os dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida, deixando para traz seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de amor. O título faz analogia ao jogo do quatrilho: jogo de cartas onde os parceiros se trocam ao longo da partida. Tudo pode acontecer nesse jogo.