Em 1911, o agricultor da região da serra, recebeu um novo ânimo na produção e no cultivo de videira, com o majestoso movimento cooperativista que foi oficializado pelos governos da União e do Estado e que se verifica sob os elos da sociedade Nacional de Agricultura, do Centro Econômico do Rio Grande do Sul e da Associação Rural de Pelotas.
E a figura de Stefano Paternó que incansável, corre de um município e outro, realizando reuniões memoráveis e conferências que convencem profundamente o ânimo dos agricultores; que congrega, que inflama, e que os enche de entusiasmo. Organiza cooperativas vinícolas, para a industrialização dos derivados dos suínos e até para banco de crédito. Conseguem dinheiro por juros acessíveis; constrói grandes estabelecimentos, importa máquinas adequadas; contrata, na Itália, técnicos especializados e inicia um movimento centralizador. É a federação das cooperativas, com sede na capital do Estado.
A região vitivinicula vibra de entusiasmo, satisfeita por ver-se livre de certos comerciantes gananciosos.
Em 1912, o Rio Grande do Sul exportava para os demais Estados de Federação 73.298 hectolitros de vinhos.
Mas… a organização não assenta ainda sobre sólidos alicerces; falta-lhe o amparo econômico… prometido…
Aos poucos, o monumental trabalho de Paterno desmorona, e ainda em 1913/1914 as cooperativas por ele organizadas entram na fase da derradeira liquidação. O vitivinicultor é obrigado a retornar ao negociante para colocar seu vinho, que é despojado em grandes dornas (vasilhas) sem classificação, para passar no processo da filtração, antes de seguir para a praça de consumo.
O agricultor sente-se desamparado e procura progredir apenas o menor volume possível de vinho, para fazer jus a uma maior recompensa. O desânimo avassala os viticultores que relutam em receber o pagamento do produto.
Foi deste modo que surgiram os laboratórios de Caxias do Sul e Bento Gonçalves que tanto se salientaram neste campo. Com isso a produção vinícola, tende para uma sensível melhoria, permitindo que o Rio Grande do Sul exporte para além de suas fronteiras cerca de 100.000 hectolitros de vinho.
É nesse período que também o Governo Federal lança suas vistas sobre a promissora atividade vitivinicola de nossa região, no cenário administração nacional do Dr. Ildefonso Simões Lopes , no elevado cargo de Ministro da Agricultura, Indústria e Comércio . Não só o vinho como também com o trigo. Os governos, até então, pouco ou quase nada haviam proporcionado para o progresso da viticultura e da triticultura gaúcha.
E…hoje… um século depois, quem se preocupa com o agricultor que trabalha de sol a sol e não tem certeza para quem vender o produto? É o sindicado rural?? É a FETAC??? Quem????
– Parabéns a todos aqueles que acreditam na PERSEVERANÇA DE PLANTAR E COLHER…