Pelo menos 57 focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados em 16 bairros de Bento Gonçalves, conforme aponta a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O avanço da proliferação do inseto transmissor da dengue, zika, Chikungunya e febre amarela acendeu o sinal de alerta na Capital Nacional do Vinho e causa preocupação das autoridades sanitárias. Em fevereiro foi registrado o primeiro caso de Chikungunya na cidade. Agora, as equipes seguem percorrendo a cidade semanalmente para visitar casas e inspecionar terrenos baldios.
De acordo com a SMS, foram localizados focos do mosquito nos bairros Licorsul, Santa Helena, Eulália, Santa Marta, Santa Rita, Pomarosa, Santo Antão, Fátima, São Roque, Universitário, Cidade Alta, Progresso, Conceição, Ouro Verde, Fenavinho e Botafogo.
O trabalho foi intensificado depois que o inseto começou a ser visto em vários pontos da cidade, além do aumento no número de larvas encontradas em todo o perímetro urbano de Bento Gonçalves. Apesar da situação de alerta, não há casos de dengue registrados na cidade desde o ano passado. Em 2018 foram confirmados dois casos e 2019 apenas um. No ano passado, não foi registrado nenhum caso da doença.
Conforme a médica veterinária, da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera um dos fatores que contribuem para o aumento do número de focos do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus da zika é o acúmulo de água parada localizado em caixas de água e tonéis, pneus a céu aberto, calhas entupidas. O acúmulo de lixos recicláveis espalhados no meio ambiente também são criadouros de mosquito na cidade.
Ainda, conforme a Vigilância, água limpa e parada é o ambiente propício para o surgimento das larvas. Se o foco não for exterminado, em 10 dias o mosquito se desenvolve.
Denúncias sobre água parada e espaços que possam ser criadouros do mosquito podem ser realizadas na Ouvidoria Municipal no 0800-979-6866.
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília