A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na quarta-feira, 7 de julho, o início de testes em voluntários da vacina Butanvac, produzida pelo Instituto Butantan. O imunizante vai ser aplicado em duas doses, com um intervalo de 28 dias entre elas.
Com previsão de duração de 17 semanas, a pesquisa será realizada em duas fases, divididas em três etapas. A primeira, chamada A, deve envolver 400 voluntários em São Paulo. No entanto, a estimativa é que seis mil pessoas, maiores de 18 anos, participem dos testes.
A futura aprovação regulatória depende do desempenho da vacina na pesquisa: para ser aceito, o produto deverá apresentar uma eficácia mínima de 50%, como preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Até o momento, essa taxa foi superada por todas as vacinas disponíveis hoje no país.
Caso aprovada, a Butanvac será a primeira vacina contra a covid-19 produzida totalmente no Brasil, sem a necessidade de importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Os insumos básicos são ovos de galinha, frascos e embalagens, os mesmos usados para fazer a vacina da gripe. Estima-se que cada ovo tenha material suficiente para produzir duas doses de vacina.
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