Criatividade em falta
Que tal começarmos a reclamar de coisas novas? Está defasado falar da Apple. Case de marketing, de marca, de design emocional, da p* que p*. “É caro, é um absurdo, compra só por status, que desnecessário, olha o preço dos produtos, faz a mesma coisa que os outros”. Que preguiça! Ninguém fala do smartwatch da Montblank ou da Garmin que custa R$ 10 mil, nem do Samsung Z Fold4 que custa R$ 11.500.

Escravos da indústria
Também fiquei satisfeita com a multa e a proibição da venda do Iphone sem carregador no Brasil. Alguém sabe a quantas anda essa situação? Pena que R$ 12 mi não são nada pra eles. Isso me irrita um pouco. Me irrita também pensar que eu queria comprar um novo smartwatch e queria que fosse redondo. Os últimos dois modelos da Samsung não são compatíveis com Iphone. Dizem que foi proposital.
Compramos o que tem, pelo preço da richa dos outros.

Rabugem prematura
Sabemos que finalizar ciclos é importante e necessário. E clichê também. Isso me faz pensar em alguma pessoas, situações, que estou com a paciência abaixo de zero. Finalmente aprendi que não conseguimos dar atenção nem conviver com exatamente as mesmas pessoas por toda a vida. Pessoas entram, saem, voltam, ficam. É isso. E eu sentia apego. Hoje estou ensaiando na frente do espelho falar para algumas pessoas: Amadah, eu não quero mais ter contato com você. Só tchau pelo amor de Deus.

Até mais, e boa sorte
Continuando a prosa sobre finalizar ciclos, eu ainda posso e preciso agradecer pelos peixes. O que não posso é dizer que estou contente. É penoso estar dando um até logo com esse sentimento, mas é o que temos para hoje. Acredito que essa minha estratégia de afastar uma pessoa nunca vai rolar, porque seria muito brusco de minha parte. Mas dizer, ou melhor, escrever comentários do tipo “mulheres estão pior que cachorro dando cria”, “mulheres não conseguem ficar de pernas fechadas”, “homem nenhum faz nada se não encontrar mulher que esteja a fim”, “as quengas abrindo as pernas e a gurizada sem medo de pegar uma doença dessas relaxadas”, em uma matéria intitulada “Em um ano, número de recém-nascidos em Bento sem o registro do pai sobe 66%”, é normal, firulinha, coisa do dia a dia, que famílias de bem e tementes a Deus precisam profanar para defender sua pátria.

Vamos precisar de sorte. Muita.
Estou tirando férias. Definitivas. Sentido meu mau humor constante em palavras escritas aqui, essa é a deixa para que eu pare de iludir vocês, caros leitores. Esse foi um diário, uma ponte entre eu e tantas outras pessoas que também sentiam, mas não sabiam explicar. Esse espaço, em 6 anos, foi meu melhor amigo muitas vezes, me fez conhecer pessoas novas, me levou pra capital, pro Sudeste e pro Nordeste. Mas essa é a hora em que eu admito que não escrevo mais como antes, não porque não sei, mas porque não quero. Eu preciso de mim, por dentro e por fora, para lutar contra a ignorância humana, ou pelo menos para não morrer de tristeza, vendo a regressão da sociedade em praça pública.