Transparência?
Os brasileiros estão cansados de ouvir falar em “transparência” e, na prática, estamos distantes de sentir, ver, ouvir, acessar e tomar conhecimentos plenos sobre as ações de órgãos públicos. Exemplos? Vamos lá! Quanto foi arrecadado com a “privataria tucana” no Brasil e a “privataria britista” no Estado do RS? Quanto e onde foi aplicado o valor “obviamente irrisório”, arrecadado? Quais as contas e/ou dívidas públicas foram resgatadas? Qual a fonte do dinheiro utilizado pelos “felizes compradores” de estatais? Quais os benefícios usufruídos pela população – que era a “proprietária” das estatais – com a venda (“venda?”) delas? O que é, para nossos honoráveis “homens públicos” o significado de “TRANSPARENCIA”?

E, tem mais…
Sim, mais sobre “transparência”. Que tal falarmos dos pedágios, especificamente dos “pedágios britenses”, sobre os quais comentei milhares de linhas aqui, na coluna, quando começaram a falar e aplicar em 1996? Quanto foi arrecadado pelos “felizes concessionários de rodovias” com as tarifas com as quais foram regiamente brindados”? Quanto doS bilhões arrecadados foram, REALMENTE, investidos nas rodovias pedagiadas? Qual foi o lucro líquido por eles obtidos durante os mais de 20 anos? E nem vale a pena se estressar questionando sobre os contratos assinados. Eles foram quase “secretos”, não?

E os públicos?
Depois da “privataria” das rodovias do RS, com os pedágios sendo colocados, estrategicamente, no cercamento das grandes cidades do Estado, vieram os “comunitários”. Se os concessionários tiveram lucros abundantes com eles, seria lícito se esperar que o Estado também os teria e que, POR ÓBVIO, seriam aplicados nas rodovias, não? Pois bem, as quatorze praças administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias – EGR -, também estrategicamente instaladas (usaram as cancelas dos ex-concessionários), têm uma única rodovia cobrindo 83 km; duas pouco superiores a 70 km, duas com mais de 46 km e o restante entre 28 e 32 km. Delas, apenas duas com cobrança UNIDIRECIONAL, o restante é cobrança BIDIRECIONAL. “Filezinhos”, não?

E aí vem as perguntas
Afinal, quanto a EGR arrecada nessas quatorze praças? Quanto da arrecadação gasto com a administração delas? E, claro, quanto é investido na manutenção e duplicação das rodovias? Mas, creio que a pergunta mais adequada é: QUANTO O GOVERNO RECEBE PARA O SEU CAIXA? Sim, porque é fácil deduzir-se que a montanha de dinheiro arrecadado NÃO é investindo nas rodovias pedagiadas no montante adequado e, muito menos, utilizado para a manutenção das demais rodovias do Estado. Resta, pois, se fazer MAIS UMA pergunta: até quando os otários pagadores dos impostos escorchantes que incidem sobre os proprietários de veículos ficaram silentes diante disso tudo?

E o que se vê?
Por incrível que pareça, transitamos por rodovias como a ERS-446, RSC-453 e ERS-444 que podem ser qualificadas como “estradinhas de quarto mundo” ou, mesmo, “picadas carroçáveis”. Mas, os políticos e algumas lideranças insistem que “a solução é instalar pedágios”, como se a iniciativa privada estivesse preocupada “com o bem-estar dos usuários”, mesmo se vendo um histórico de pedagiamentos ridículos e absurdamente cobrados. As manutenções foram o mínimo que as ânsias de lucros permitiam. E agora, POR QUE não se cobra do governo do Estado do Rio Grande do Sul que a arrecadação das praças de pedágios – todas -, tenham o seu lucro INVESTIDO nelas e nas demais rodovias, ao invés de cobrir rombos dos cofres mal administrados?

Receitas
E o que se pode dizer da arrecadação dos impostos que o Estado do RS tem, vinda dos proprietários de veículos? O ICMS, que é dito como sendo de 30% é, na realidade, de 42,85% (ele incide sobre si próprio e é calculado não sobre o preço da bomba, mas sobre a “pauta”, ditada pelo governo e que ainda cobra as eventuais diferenças); some-se, ainda o ICMS gerado pelas manutenções de peças e serviços dos veículos; adicione-se a babilônia BILIONÁRIA cobrada a título de IPVA. E, mesmo com tudo isso – QUE DESAFIO alguém a provar o contrário – ainda querem MAIS PEDÁGIOS? Temos, sim, é que cobrar dos administradores mais COMPETÊNCIA para administrar nossos impostos. Quando faremos isso? É esperar para ver!

Últimas

Primeira: Na semana que vem abordarei a arrecadação tributária dos municípios. É surpreendente, podem crer. E a “transparência” deixa muito a desejar na maioria deles;

Segunda: Ainda as rodovias: o momento, agora, não é de discutir concessões, mas de EXIGIR a recuperação das que nos cercam. Temos uma EXPOBENTO e uma FENAVINHO chegando. É com essas rodovias que queremos receber visitantes e compradores?

Terceira: A informação de que teremos a volta do VINHO ENCANADO no centro de Bento, na Fenavinho, é a certeza de que nossa Festa máxima será revivida na integra;

Quarta: A Expobento juntamente com a Fenavinho é, sem dúvidas, um grande acerto daqueles que viabilizaram suas realizações. Sucesso, com certeza;

Quinta: Essa ronha da previdência ainda vai dar muito o que falar. Não seria melhor começar pelo começo, ou seja, igualar as aposentadorias de TODOS os brasileiros?

Sexta: Pelo que se tem constatado, Bolsonaro eliminou a oposição. Não precisa dela, já que seus filhos e seu guru são exímios opositores, boquirrotos notórios;

Sétima: Agora nada poderá servir de desculpa para que os torcedores bento-gonçalvenses – inclusive gremistas e colorados – não estejam na Montanha dos Vinhedos amanhã, às 15h30min;

Oitava: O nosso Esportivo estará enfrentando o Guarani de Venâncio Aires, podendo conquistar o acesso à ELITE do futebol gaúcho com um EMPATE, já que venceu o jogo de ida por 2×1;

Nona: Com estádio lotado, certamente nossos atletas Alvi-azuis receberão um enorme incentivo, uma injeção de ânimo para atingir o objetivo, neste, que é o ANO DO CENTENÁRIO;

Décima: Chegou a hora de se recolocar o Esportivo no local de onde nunca deveria ter saído: da DIVISÃO PRINCIPAL do nosso futebol. Os imensos prejuízos sofridos deverão ser compensados. Está com a torcida, agora. Então, DÁ-LHE, ESPORTIVO!!!