Hoje, o maior número de internados nesses espaços é decorrente de outras doenças ou se recuperando de algum procedimento cirúrgico, já que as cirurgias eletivas voltaram a ser realizadas na instituição
Com 33 pacientes internados em estado grave, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves, permanece acima dos 80% de ocupação, conforme aponta o sistema de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Desde o dia 10 de setembro, a situação permanece em alerta, uma vez que os números mostram sobrecarga neste setor. Atualmente, a instituição possui 40 leitos: 18 são destinados exclusivamente para o Sistema Único de Saúde (SUS) e outros 22 para o sistema privado.
Conforme o sistema da SES na manhã desta sexta-feira, 24, a área SUS é a que apresenta 100% de lotação na casa de saúde bento-gonçalvense. Já nos leitos privados de UTI, são 15 pacientes internados, o que representa 68,2% de ocupação.
No perfil de internados em UTI, oito são de pacientes que positivaram para a covid-19, o que representa 24,2% do total de espaços. O restante, 25, são de pacientes que possuem outras comorbidades, representando 75,8%.
Nos leitos clínicos, o cenário é o oposto do que a área de terapia intensiva vem registrando. Desde o dia 10 de setembro, a ocupação não chega a 50%. Nesta sexta-feira, 24, por exemplo, apenas seis pacientes estão internados em decorrência da covid-19, o que representa 14,6%. O local está preparado para receber até 41 pacientes.
Em caso de necessidade, Tacchini pode reabrir leitos
A reabertura de leitos de UTI não está descartada, caso haja necessidade como ocorreu durante a segunda onda de covid-19 nos meses de março e abril, quando a instituição recebeu 73 pacientes em estado crítico. Hoje, o maior número de internados nesses espaços é decorrente de outras doenças ou se recuperando de algum procedimento cirúrgico, já que as cirurgias eletivas voltaram a ser realizadas na instituição.
O fechamento de 10 espaços ocorreu após melhora nos índices e também, em decorrência da finalização do contrato com o Ministério da Saúde que aportava recursos para manutenção de cinco leitos covid-19. Além disso, uma série de fatores, como custos para manutenção da estrutura hospitalar, bem como, dos profissionais que integram o corpo clínico e a escassez em encontrar mão de obra para atuar no setor, foram alguns dos principais motivos pela decisão em fechar os outros cinco leitos que a instituição havia aberto para atendimento de pacientes em situação crítica.
No entanto, se a situação voltar a apresentar piora nos índices, a casa de saúde já está preparada para, eventualmente, reabrir os leitos.