Apesar da pandemia, dados divulgados pelo superintendente, Hilton Mancio, relevam que houve redução de 13,5% no número de mortes na Casa de Saúde, de março a 29 de julho, em comparação ao mesmo período do ano passado

Desde o início da pandemia, os hospitais passaram a ocupar as manchetes na imprensa e os números da Covid-19 se tornaram alvo de debates em rodas de conversa e redes sociais. Para manter a transparência dos dados divulgados, o superintendente do Hospital Tacchini, Hilton Mancio, em vídeo publicado nas redes sociais da instituição, fez um balanço sobre o número de óbitos, tratamentos realizados e vidas salvas no hospital bento-gonçalvense de março até o dia 29 de julho.

Os dados apresentados pelo superintendente mostram que até o último relatório, feito no dia 29 de julho, foram 67 óbitos de moradores de Bento Gonçalves, destes, 46 aconteceram dentro da instituição e 21 ocorreram em outros locais. “Destas 46 temos 18, ou seja, 39% dos óbitos que ocorreram no hospital, foram de pessoas que chegaram com doenças muito graves e que no momento da internação era esperado o óbito pela condição que elas se encontravam. São pacientes que entraram dentro de uma linha de tratamento de cuidados paliativos. Destaco, também, que 89% destas 46 pessoas eram idosas e 37% delas tinham mais de 80 anos”, releva Mancio.

Outro aspecto abordado pelo superintendente foi quanto a quantidade de testes do novo coronavírus. “Testamos 3.645 pessoas pelo RT-PCR, que é o padrão ouro de detecção para Covid. Deste total, 31,5% confirmaram positivo para o vírus. 10% (386 pessoas) de todos os pacientes que foram testados acabaram internando no Hospital Tacchini, e 41% deles foram internados em UTI durante este período de março até 29 de julho”, salienta.

Mancio esclarece a questão que a Casa de Saúde recebe com mais frequência, que se trata do número de óbitos elevados em Bento Gonçalves. “Friso que não temos a informação de todos os óbitos de Bento Gonçalves, falamos somente sobre os 46 casos do Tacchini. A primeira coisa que preciso ressaltar é que não se confirma essa informação na instituição. Esse ano, no período de março a julho, nós temos 13,5% menos óbitos do que no mesmo período do ano passado. Os índices do Tacchini são melhores do que os hospitais da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), formado por instituições de nosso porte, e nós estamos absolutamente adequados ou um pouco melhor em termos de desempenho com relação ao tratamento da doença que números de publicações internacionais”, esclarece.

Outro dado importante apresentado pelo superintendente é no que tange ao número de vidas que foram salvas neste período. “O que gostaria mesmo de ressaltar e que obviamente se discute na questão de óbitos, é que eles são perdas e perdas a gente lamenta. Gostaríamos de salvar todas as vidas que entram no hospital, mas precisamos destacar que 82% das pessoas que internaram foram salvas dentro deste tratamento feito pelo Hospital Tacchini”, pontua.