Nesta quinta-feira o valoroso Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN – decidiu, por unanimidade de seus membros, que o uso do extintor de incêndios passa a ser facultativo, ou seja, não obrigatório, para veículos de passeio e outros, com exceção de transporte coletivo, de cargas perigosas, etc. A decisão foi baseada em vários fatos, dentre os quais o de que nos Estados Unidos e vários países da Europa não há essa obrigatoriedade. A América do Sul lidera essa exigência. Outro fato foi o de que somente 3% dos proprietários de veículos possuem habilidade para seu uso e que essa deficiência (não saber usar) pode causar mais danos do que benefícios. Além disso, a moderna tecnologia dos veículos previne a possibilidade de incêndios. Não falaram sobre os carros antigos e sua “tecnologia”, que Collor chamou de “carroças”.

Só rindo, mesmo! II
Chama a minha atenção especialmente alguns aspectos. Será que quando o CONTRAN decidiu obrigar o uso do extintor ABC (a obrigatoriedade entraria em vigor em outubro de 2015) os veículos tinham “tecnologia” diversa da atual? Como ficarão os lojistas que formaram estoques para atender a demanda pelos extintores ABC? E como ficarão aqueles que gastaram uma nota preta para comprar o tal de extintor “ex-obrigatório” pagando elevado ágio por ele? E por falar em tecnologia, os modernos veículos não são dotados adequadamente para transitar em velocidades superiores às determinadas pelas placas atuais? Ou será que o festival de placas de 40, 50, e 60 km/h tem, como muitos pensam, cunho arrecadatório? Pois é, a solução que se nos apresenta é somente uma: vamos rir, minha gente! Dizem que é bom para desopilar o fígado.

O discurso e a ação!
Interessante o que se vê, atualmente, na imprensa e nas redes sociais. Quem não conhece o Brasil deve pensar que foi um partido que inventou a mentira, a enganação nas campanhas eleitorais. Pois é, devem pensar que antes de petistas assumirem governos municipais, estaduais e federal os candidatos eram todos “santinhos incapazes de prometer e não cumprir”. Devo admitir que errei. E errei feio. Quando Olívio Dutra assumiu o governo do Estado passaram a cobrar dele as promessas de campanha. Na ocasião, errei ao escrever várias colunas afirmando que a política brasileira se dividiria entre “APT e DPT”, ou seja, “Antes do PT” e “Depois do PT”. Errei porque somente o PT é cobrado pelas promessas não cumpridas.

O discurso e a ação! II
Mas, obviamente, a diferença entre o discurso e a ação apenas foi aprendida, com louvor, por petistas diante das verdadeiras “aulas magnas” dadas por gente do PSDB, PP, PMDB, PTB, PDT, PPS, PSB e outros. Alguém lembra da mão aberta de fhc na campanha de 1998? Cumpriu alguma das cinco promessas “juradas” em rede nacional de TV? Foi cobrado pela “mídia amiga”? Pois é… Mas, apontar essas coisas, querer que toda a corrupção seja combatida (não só a de petistas), exigir o julgamento de todas as falcatruas e roubalheiras que assolam o País, do Oiapoque ao Chuí, bem como a condenação dos ladrões e pedir imparcialidade (que tal?) dos tribunais superiores da justiça é ser petista. Então, aqueles que “absolvem” a politicanalhada nacional por simpatizar com alguns corruptos, podem me chamar de petista. Não me importo. Mas, tenham coerência entre a ação e o discurso.