Muito se tem falado nos últimos tempos, principalmente neste ano, da crise que se está passando ou que se estaria por passar. O governo federal diz que é culpa da crise internacional, o que não é verdade. A oposição diz que a Presidente mentiu e que está cortando do trabalhador. Em quem acreditar?

Neste espaço, em dezembro de 2014, já previmos que este ano seria de PIB negativo o que somente agora está sendo confirmado por todas as instituições. Só não foi confirmado ainda pelo governo federal por motivos que todos sabem.

Os erros cometidos nos últimos anos estarão sendo pagos a partir de agora por todos os brasileiros e, no meu entender, ainda não chegamos ao fundo do poço.

Para as empresas, estamos dizendo há muito para investir nas vendas, no marketing, nas pessoas, em inovação e no mercado externo. Nas vendas para fortalecer a relação com os consumidores; no marketing, para aproximar a empresa dos clientes; nas pessoas pois são elas que podem conduzir a diferenciações importantes no mercado e dentro das próprias organizações; em inovação, mesmo o Brasil sendo o país número 64 no ranking internacional de inovações, o que é lastimável, pois investir neste fator é preponderante no médio prazo; no mercado externo pois já dissemos que o tamanho do mercado brasileiro é menor do que o potencial instalado nas empresas e que a renda da população brasileira é instável e baixa para suportar um crescimento continuado.

Para você, já sugerimos manter seu emprego ( se ainda o tem ), controlar gastos, jamais entrar no cheque especial, especializar-se mais e mais via cursos e depender menos dos governos. Manter seu emprego é por obviedade nestes momentos de instabilidade; controlar gastos é para manter-se estável em momentos de turbulência; pagar juros no cheque especial de 8%, 10% ou mais por mês é impossível; especializar-se é para preparar-se sempre para crescer profissionalmente e; depender menos dos governos é porque dos governantes, não de todos mas de muitos, se pode esperar só promessas não cumpridas, apadrinhamentos e aumento de impostos.

Por isso, já adianto a você: alguma melhora somente a partir de 2018. As dificuldades deste 2015 já estão sendo sentidas e aumentarão até o final do ano. Em 2016, os problemas deste ano ainda serão sentidos. Em 2017, os ajustes atuais poderão começar a indicar certa estabilidade. Se os governantes melhorarem na transmissão de confiança, ajustarem as contas públicas e não quererem ajustar tudo via aumento de impostos (como muitos ainda querem) e pensarem no Brasil mais do que na continuidade do partido no poder, criando realmente um plano de desenvolvimento para o país como um todo, juntamente com o fortalecimento das instituições e das empresas, poderemos ter algum sinal de crescimento mais robusto. Antes disso, quase impossível.

Quando financiamentos são saudados e aplaudidos, como os dessa semana com a “parceria” com a China, é porque realmente as coisas estão mal colocadas neste país.

Porém, siga em frente e continue com seus objetivos. Não espere pelos outros.

Pense nisso e sucesso.