Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre o suicídio, com 10 de setembro marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Este ano, a urgência do tema é particularmente crítica no Brasil, onde o aumento das taxas de suicídio entre jovens se tornou alarmante.

Dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, em colaboração com a Universidade de Harvard, revelam uma tendência preocupante. Entre 2011 e 2022, a prevalência de suicídio entre jovens no Brasil cresceu 6%. Além disso, as notificações de autolesão na faixa etária de 10 a 24 anos aumentaram 29%. Esses números são significativamente superiores aos observados na população geral, destacando um problema de saúde pública que exige atenção imediata.

Uma pesquisa europeia com 800 adolescentes de quatro países indicou que 50% dos pais não conseguem reconhecer sinais de isolamento extremo e comportamento suicida em seus filhos. Essa lacuna na percepção sublinha a necessidade de maior conscientização e educação sobre os sinais de alerta do suicídio.

Transtornos mentais e impactos do bullying

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 97% das pessoas que cometem suicídio têm algum transtorno mental, frequentemente não diagnosticado. Transtornos como ansiedade, depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar são comumente associados ao risco de suicídio. Além disso, a experiência de bullying pode quase triplicar a probabilidade de suicídio entre jovens.

Sinais de Alerta

Para combater o crescimento alarmante do suicídio entre jovens, é crucial que pais, educadores e responsáveis estejam atentos a sinais como automutilação, comentários pessimistas, alterações no sono ou apetite e queda no rendimento escolar. Identificar e abordar esses sinais precocemente pode fazer uma diferença significativa.