Médico do Tacchini enfatiza que tomar medicamentos sem recomendação de um profissional pode levar a graves consequências

Os medicamentos foram uma descoberta muito importante para a sociedade, pois são utilizados no tratamento de doenças, desde a mais brandas às graves, além de dores, provocando bem-estar. Apesar disso, o uso de remédios sem indicação médica, ou de modo desenfreado, pode causar sérios problemas no organismo.

O médico do Serviço de Atenção Domiciliar de Saúde do Tacchimed, Daniel do Nascimento Antônio, explica que automedicar-se é o ato de ingerir remédios para aliviar algum tipo de sintoma, sem qualquer orientação médica no diagnóstico, prescrição ou acompanhamento do tratamento. “Essa ação, que chega a ser vista até com certa naturalidade dentro da cultura do brasileiro, pode trazer consequências mais graves do que se imagina”, explica.

Conforme Antônio, uma das questões a se ressaltar é que, quando se toma um medicamento com muita frequência, é possível que ele não atinja os resultados desejados. “O uso indiscriminado de determinados remédios pode facilitar o aumento da resistência do organismo da pessoa àquela substância. No caso dos antibióticos, por exemplo, pode prejudicar a eficácia de tratamentos em infecções futuras”, ressalta.

As consequências para essa atitude não são favoráveis. “Diminuem-se as opções de tratamento menos agressivas ao paciente, o que pode desencadear uma série de outros problemas de saúde”, destaca.
Mesmo em casos leves não é indicada a ingestão de remédios sem recomendação profissional. “Independentemente da gravidade dos sintomas, a automedicação jamais é aconselhada. Sempre é fundamental procurar um profissional da saúde que levará em conta uma série de fatores na hora de receitar o medicamento e a dosagem correta ao paciente”, enfatiza.

Utilizar a quantidade errada das substâncias é uma atitude arriscada, de acordo com o médico. “Existem uma série de riscos relacionados à automedicação. Isso porque além do remédio errado, sem a ajuda de um profissional a pessoa também corre risco de ingerir a dosagem incorreta”, alerta.

Como explica Antônio, dessa forma, aumentam muito os riscos de intoxicação, interação medicamentosa – quando um remédio anula ou potencializa o efeito do outro –, reações alérgicas, dependência e resistência ao remédio. “Além disso, também é possível que, ao ingerir um medicamento por conta própria, a pessoa alivie sintomas que mascaram o diagnóstico correto de alguma doença mais perigosa”, orienta.

Não há medicamentos mais ou menos prejudiciais, pois todos precisam de orientação para serem utilizados, conforme o profissional. “Todo remédio possui efeitos colaterais e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar malefícios ao organismo. Como diz aquele velho ditado: ‘a diferença entre o remédio e o veneno é a dose que se usa”, esclarece.

No que a automedicação pode acarretar?

Como exemplifica o médico, todos os problemas relacionados à automedicação, quando desencadeiam formas graves de reação, podem ser fatais. “Alergias, falência hepática e intoxicação são apenas alguns exemplos de consequências que podem levar o paciente à morte. Portanto, é essencial a procura pela orientação de um profissional de saúde antes de ingerir qualquer tipo de medicamento”, conclui.