Cães braquicefálicos são os que mais sofrem durante a estação. Gatos também necessitam de cautela
Os cuidados durante a estação mais quente do ano vão além da hidratação e prudência com a pele. Os animais de estimação também necessitam de atenção especial.
Uma das precauções que se deve tomar é quanto ao horário de saída para passear. Por ter contato direto das patas com o chão, o pet pode ter uma sensibilidade ainda maior com o calor. A médica veterinária, Yoanna Nicolaou afirma que é melhor sair de manhã. “Antes das 10h ou no final do dia, quando não está tão quente e nem com tanto sol, assim eles não correm o risco de queimar as patinhas”, salienta.
Os donos devem ter muita cautela, principalmente com cães de raças braquicefálicas. “Um dos principais pontos é entender que eles sofrem com o calor. Por possuírem o focinho achatado, o processo de respiração é comprometido. Eles têm dificuldade para inspirar e expirar o ar, ou seja, a liberação de calor – que nos cães é realizada pela respiração – torna-se muito mais dificultosa. Outro ponto a se cuidar é em cães de grande porte após o passeio, para que não tomem muita água e nem comam muito rápido, pelo risco de uma torção gástrica”, orienta.
E na hora de viajar?
Em casos em que os donos viajam e querem levar o pet junto, também há algumas recomendações. “Ele deve ir no cinto de segurança (específico para animais domésticos) ou caixa de transporte. Deve-se levar junto ração e água, além de parar para ele fazer as necessidades”, recomenda.
Em longas distâncias dentro do carro, nos momentos de parada, é aconselhável não deixar o pet preso dentro do carro. Yoanna adverte que essa é a melhor oportunidade para que o cão também possa sair e fazer o que precisa fora do carro. “Aproveitar para levá-lo para fazer as necessidades, oferecer água e ração”, destaca.
Além disso, seguir a rotina do animal durante os dias fora de casa, como horário de passeio, alimentação e remédios, também é essencial. “Outro item importante a pontuar é verificar se a vacinação está em dia, vermífugo, antiparasitário externo (contra pulgas, carrapatos e mosquitos). Pensando na leishmaniose, é importante coleira com repelente ou a vacinação específica. Deve-se cuidar também ao dar água, nunca oferecer da torneira na praia, sempre filtrada ou fervida previamente”, ressalta.