A gente sempre acha que os produtos industrializados são os mais nocivos à saúde. Tudo que é comercializado em caixas, latas, congelados, conservados tendem a fazer os mais preocupados com a saúde torcerem o nariz.
Pois é, saiba que aquele salmãozinho fresco que você acabou de comprar com a consciência mais tranquila que a da Bela Gil fazendo churrasco de melancia, pode estar, literalmente, te envenenando!
O site Bulletproof analisou o peixe mais querido e desejado, o salmão. Ele é muito consumido por ser, além de delicioso, muito saudável e rico em nutrientes especiais. Mas, se ao invés de viver solto na natureza, o salmão for cultivado em criatório ele pode estar recheados de diversos antibióticos, estimulantes e até mercúrio, que é altamente perigoso para nosso organismo.

Como diferenciar o bom salmão?

Os dois pedaços (foto) são de salmão, só que o da esquerda foi pescado na natureza e o da direita foi cultivado em cativeiro.
Veja que o salmão selvagem tem uma cor vermelho-vivo e transparece vigor, enquanto o outro é alaranjado, pálido e até parece que morreu de alguma doença.
Essa coloração do salmão selvagem vem de uma substância chamada “Astaxantina”, presente em certas algas, plânctons e camarões, que são base da alimentação desse peixe. Como os animais são cultivados não ingerem essa substância, os criadores injetam na dieta dos peixes a astaxantina sintética.
Segundo estudo publicado no Bio Med Central, grande parte dessa substância vem de produtos petroquímicos, como o carvão (!!!) e que não é nada parecida com sua versão natural.

E além da sua cor?

Segundo um estudo publicado no The National Center for Biotechnology Information, a astaxantina natural é um poderoso antioxidante e anti-inflamatório, além de melhorar o fluxo sanguíneo.
Segundo um outro estudo, publicado no Alternative Medicine Review, ela também aumenta a produção de enregia e protege suas mitocôndrias, já que reforça as membranas celulares, evitando a entrada de tipos nocivos de oxigênio.
Além disso, um terceiro estudo, publicado no Cyanotech, revelou que se usada como suplemento muscular, a astaxantina aumenta a resistência em mais de 50%. Mas, infelizmente, os peixes cultivados não possuem esses “superpoderes” naturais.

Qual o risco?

A raça do salmão pescado nos criadouros contém farinha e óleo de peixe, que possuem risco de contaminação por dioxina e mercúrio, substâncias cancerígenas. Na tentativa de dimiunir esse risco, os piscicultores substituíram a composição da ração com proteína de milho, soja e óleo vegetal.
Mas essa mudança na dieta deixa os peixes muito vulneráveis a doenças, então os criadores aplicam antibióticos para mantê-los saudáveis e isso vai direto para seu organismo, como informou o estudo publicado na Farmed and Dangerous.

Então, o que eu posso comer?

Evite os salmões cultivados e tente consumir apenas os peixes que vieram direto da natureza.
Segundo um estudo publicado no U.S. Food and Drug Administration, foi identificado que o salmão selvagem contém níveis mínimos de contaminação por mercúrio. Por isso as agências de regulação americanas recomendam o consumo da carne desse animal, várias vezes durante a semana.
Sabe quando você desconfia que aquele salmão está barato demais? Então. Seu instinto está certo, o barato pode sair caro.