Reações a vacinas da Covid-19 são raras, afirma alergista

Segundo Cassiano Mescka, a segurança é o principal ponto para aprovação de uma vacina. Efeitos colaterais, no entanto, são comuns

Com a ampliação da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, surgem dúvidas quanto a efeitos colaterais e reações causadas pelos imunizantes. Em transmissão ao vivo na quinta-feira, 29, pelas redes sociais do Hospital Tacchini, o alergista Cassiano Mescka esclareceu o quê e o porquê os antivírus podem gerar esses impactos no corpo humano.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o primeiro passo avaliado para aprovação de uma vacina, conforme Mescka, é a segurança. “Todos os laboratórios e farmacêuticas consideram esse o principal ponto. As reações alérgicas são apenas um dos efeitos colaterais que podem acontecer com medicamentos e imunizantes. Então, o monitoramento está implicado no momento que é planejado esse tipo de tratamento”, pontua.

Existem níveis de reações alérgicas, que podem ir desde uma coceira no local de aplicação a um choque anafilático. “Como toda vacina produz anticorpos, essa resposta imunológica pode causar um pouco de febre, dor na aplicação e um certo edema. Esses são os previstos em bula, que grande parte da população pode sentir. A alergia, por sua vez, é aquilo que extrapola o que é esperado como o normal observado em estudo, por exemplo, inchar os lábios, os olhos ou ter uma reação cutânea extensa. Isso vale a pena investigar”, explica o alergista.

Ele garante ainda que “podemos confiar em todas as vacinas. A Anvisa é um órgão regulatório que faz um trabalho muito sério no Brasil. Costuma-se dizer: ‘vacina boa é aquela aplicada no braço’. Essa questão de escolher uma marca ou outra não compensa. Tem que confiar, pois induzem uma resposta imunológica bem satisfatória”.

O que pode acontecer, segundo Mescka, é a pessoa ter um histórico de reação a componentes da vacina, que são normalmente o polietilenoglicol ou polissorbato. “Se for algo que está fugindo do controle, é obrigatoriamente necessário procurar atendimento médico para tratamento”, aconselha.

Foto: Angélica Varaschini